domingo, 22 de fevereiro de 2015

Pst... no domingo no comboio que não deixa falar

Procuro o meu lugar junto de ti pois quando abro os olhos não sei onde estou. Ouço, vejo, numa intrincada teia de sugestões e de abandono, sem ter havido ocasião para uma base robusta me apontar os caminhos. Pois todas as direções têm os seus motivos e todos os lugares encontram justificação.

Procuro manter o norte, sem hesitar, sem falhas. Ouço, vejo, num mapa sem bússola ou legenda, feito ao sabor do vento, conforme as horas que temos e as que não temos. E são tantas as que não temos, as que nos fogem.

Procuro aquele momento que foge, que escapa por entre os dedos. Ouço, vejo, sinto os olhos a fechar e de conchinha na mão um outro tempo passar. Gosto, sim, da mesma forma que não gosto quando é só assim. Porque há mais, sempre houve e haverá.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Pst... com imagens dos outros até eu monto um blog


Pst... do sentado longe de ti

Não me sento contigo há uns tempos.
Falha-me o tempo, falham-me as ideias, falta-me o som da inspiração e sobejam bocejos, cansaço e uma vida que entretanto ganhou ainda mais vida.
Não me sento contigo há uns tempos.
Queixas-te, queres-me perto mas não estou. Quero mas não posso, assim não.
Não me sento contigo mas não me perco de ti.

Pst... mas afinal que é isto da sala de aula?

Sala de aula, Centro Protocolar de Formação Profissional para jornalistas.
Das 9 às 13 horas, dias úteis. 11 horas, intervalo.
Atelier de Imprensa, tomo I.

E toda uma vida que existe pela manhã do qual não tinha ideia.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Pst... direto da sala de aula, versão III

Quatro dias depois, o regresso à sala de aula.
Estranho como o corpo se desabituou rapidamente do acordar cedo e estranho como não reage ao sono instalado. Vá que a prática não pára, permite-me estar sempre em movimento e atento. Se o caso fosse contrário, a guerra para manter os olhos abertos seria rapidamente perdida.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Pst... em direto da sala de aula, versão II

As aulas logo pela manhã têm uma característica intrínseca. Ainda que esteja a ser deveras interessante, é impossível evitar o bocejo inocente de noites que ficam sempre curtas.
Mais ainda quando noto uma relação direta entre a voz da formadora e o crescimento exponencial da camada de sono que tenho, desta vida de sol até ao sol do dia seguinte.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Pst... em direto da sala de aula

Deu-se-me para, nesta idade, voltar à sala de aula. Acordar cedo para me colocar nas mãos de alguém mais experiente, que me vai tentar passar os seus conhecimentos para eu ganhar bases para completar os meus. Podia ter tido ideias piores.
São poucos os pontos em comum do que estava habituado. Mas também já lá vai o tempo... para todos os efeitos, o século XX foi já há 14 anos.
Não há quadro preto, há uma tela. Não há giz, há projetor. Não há espaço na mesa pois o ecrã do computador é enorme. No entanto, não consigo dissociar os bocejos destas manhãs na escola, o disfarçar do sono de quem acordou a desoras, por muito que o entusiasmo desta aventura tenha tomado conta de mim.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Pst... dos dedos encantados que gostam de coincidir

Dedinho viajante, de coincidências e curiosidades.
A cada troca, um desafio, uma leitura e uma história encerrada de mistério, uma busca da profundidade de um pensamento errante. O momento pouco pensado num espírito científico de resoluções. Um enigma, colocado sobre outro enigma para os desocupados encontrarem um suspiro de resposta. Aquele momento dúbio quando a realidade é tão simples que uma mera imagem chega.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Pst... de uma escapadela dos 500

O escape do dia a dia feito bem longe, na pacatez e nostalgia alentejana, afastado do reboliço e agitação da metrópole que poucos desafios já tem. Malas feitas. sorrisos postos e a estrada parecia curta, tal o sentimento de libertação vivido.
As promessas de nada pensar que não viver, a exigência de um par de dias vividos intensamente e a emoção de uma estreia a dois. Era tudo novo, tudo novidade... e era tudo nosso.
Foi o que devia ser, para lá dos já infelizes solavancos de um percurso original. Foi o que tivemos em nós e para nós. Foi para repetir. Vamos...