terça-feira, 30 de julho de 2013

Pst... da noite, sempre da noite

Há um bar em Lisboa, que já aqui tinha falado, que marca a diferença. Numa noite da capital que tende cada vez mais para o impessoal e fugaz, a boa disposição e o acolhimento afável são uma mais-valia que se agradece. Aqui integras-te no ambiente, não te sentas para o ser.
Falo do Cockpit, no coração desta cidade, cuja esplanada, numa noite como esta, de suave calor, obriga a uma paragem. Sim, as recordações são intensas, não vim aqui ontem a primeira vez, a companhia também o era, mas o espaço convida ao sossego, ao perfeito abandono dos problemas, das ilusões às desilusões enquanto se pode render às sugestões de um bar que sabe ao que vens.
E abre as suas portas para que deixes a capa dos tormentos e te permitas realmente um descanso.
Bem-vindo descanso, que hoje bem falhaste...
(e a título de exemplo, na mesa do lado, o senhor dá o Mb e respetivo código para pagar a conta. Não é assim em mais lado algum...)

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Pst... do desafio


Tudo é um desafio.
Todos os dias são um desafio.
Todas as questões são um desafio.
Seja a hora que for, seja qual seja a esquina da vida, seja qual o sentimento em causa, é sempre um desafio. Desafios esses que não são mais do que um enigma, embrulhado numa charada, com pozinhos de mistério.
Nesta fase do dia em que largo a memória, a criatividade e o esforço para uma versão automatizada que dá a atenção à memória e criatividade dos outros - e em que a sensação dominante nunca muda -, tanto se me dá. Não é este o desafio que quero mas é o que tenho. E quanto a isso, nada posso fazer, por enquanto. A esperança está lá, à espera do momento perfeito. Que há-de chegar, mais cedo.
Mas há sempre exceções... quando vejo a memória e criatividade de alguém, não consigo chegar a uma sensação dominante. Pelo contrário, chego só a novo... desafio.

sábado, 27 de julho de 2013

Pst... do esquema da saudade

Ter saudades é:

  • sentir que a qualquer altura, seja a que momento for, deixas tudo que estás a fazer e fazes-te à estrada para dar um abraço.
  • sentir que a qualquer altura, seja a que momento for, o teu pensamento segue longe e procura a resposta a uma pergunta: "Será que está tudo bem?"
  • sentir que a qualquer altura, seja a que momento for, podes estar a sorrir mas com a noção que o sorriso podia ser mais marcado no rosto.
  • sentir que a qualquer altura, seja a que momento for, que o tempo não pára... e ele só te aproxima cada vez mais.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Pst...do querer sair e não poder

O regresso após férias fez-se em passo seguro.
A perspetiva de regressar, após dias de quase descanso, não era desanimadora em si. A expectativa de como encontraria a redação, agora que a cabeça da Medusa tinha sido afastada, era enorme. A esperança de mudança era premente. Afinal, o rumo de possibilidades acabara de ganhar múltiplas direções, muitas delas de acordo ao que longamente ansiava.
E eis-me de volta ao covil dos malucos. Bom, covil também já não tanto, pois o ambiente fétido parecia ter escapado. Respirava-se melhor, há maior animação e empenho. Nada como uma alteração de status para fazer as pessoas rumarem à mesma meta.
No entanto, há coisas que não mudam. Os malucos persistem, claro, fazem parte da mobília e dão cor a um local predominantemente vermelho (bacoquices antigas, um exagero monocromático de quem tinha pouco em que pensar...).
As horas de saída, essas, são uma chaga! Não há maneira de fechar a redação em tempo útil, seja qual for o dia. Pois, são 1.41 da manhã e por aqui continuo...

Pst... da finta ao tempo

O dia, farrusco, batia certo.
Naquele cais, duas pessoas cuja despedida tinha hora marcada. Um adeus, um até já, um até breve, seja como for, a despedida era inevitável e não se conseguia fugir. O olhar carregado assim o denunciava... o tempo era implacável e seguia ao seu ritmo, indiferente.
O tchu tchu aproximava-se, como carrasco do tempo, ligeiramente atrasado, num toque de humor negro.
Prolongou-se o abraço... o tempo não parou, era impossível ter parado, mas abrandou o suficiente. O suficiente para virem à memória os sorrisos e os olhares, os momentos, as gargalhadas e as lágrimas, os gritos e as confidências, os almoços, cafés, jantares e ceias, os joelhos e os copos, as noitadas e as madrugadas. Naquele cais, naquele abraço, aquelas duas pessoas fintaram o tempo. O tchu tchu chegou, como lhe competia...
Não fazia mal...
O tempo já estava na mala dela ou no bolso dele. E naquele cais, naquele abraço e naquela finta, as duas pessoas mostraram ao tempo que o tempo é o que eles quiserem que o tempo seja. E para sempre é um longo tempo...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Pst... do assobio para o lado

(chegada do médio ao centro de estágio do Benfica, no início da época 2013/14)

http://expresso.sapo.pt/filho-de-carlos-martins-precisa-de-medula-ossea-video=f688160
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/dadores-de-medula-ossea-ultrapassam-os-280-mil
http://www.dn.pt/desporto/interior.aspx?content_id=2127944

Entre a foto e os links noticiosos, distam perto de dois anos.
O drama inicial acabou por não se tornar mais trágico devido à comoção e participação da sociedade portuguesa, que colaborou em várias iniciativas para encontrar uma solução para o filho do internacional.
Estou a crer quantos mais, jovens e não tão jovens assim, podiam ter sido beneficiados se o dinheiro gasto nesta potente máquina tivesse sido orientado para pesquisas médicas, para doações a centros clínicos ou de investigação ou simplesmente para tentar tornar o dia-a-dia dos que vivem atualmente esse drama mais agradável. A mão que embala o berço, neste caso, é só um dedo médio em riste! Para todos nós....

Pois é, "diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és"

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Pst... da noite de uma Lisboa violenta


Moeda ao ar...
Noites há que se passam tranquilamente, outras há ainda que a violência parece seguir-te. Ontem, uma dessas noites, onde o convívio com a violência fez-se a (quase) cada esquina.

Take 1: Mouraria, festival Noor. A presença de três carros de polícia, para além da ambulância, numa rua estreita, era sinal que tinha havido qualquer coisa. Um rapaz, deitado no banco do jardim, com a cabeça pousada no colo do que se supunha a namorada, com ar assustado e também algo "amassado", não deixava dúvidas. Tinha havido asneira. Percebia-se de um lado os indianos de uma loja de conveniência, do outro os moradores do bairro histórico com ameaças que prometiam um ajuste de contas para mais tarde.

Take 2: Cais do Sodré. Num dos bares mais distante do centro da animação, a desavença entre dois rapazes promove uma batalha campal, que brota como se fosse nova rodada de cerveja. O que começou entre duas pessoas, passou a três, quatro, dez em questão de segundos. Convidados indesejados que gostam de uma boa briga para irem curar frustrações ou cumprir rituais primitivos de afirmação. Murros, pontapés, corpos no chão, uma cabeça rachada depois, a "serenidade" regressou.

Eh, a noite de Lisboa não está fácil, independentemente do sítio onde se escolha ir. Vá que ainda falta para o faroeste mas sente-se que se caminha para lá bastante depressa...


Pst... dos 100


Foram já 100 posts desta aventura que criei.

Continua um puzzle... e continua vagabundo. Fico feliz...

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Pst... duma crónica dos dois meses

Chegámos aos 2 meses. O tempo voa connosco, SMS.

O vento vem soprando com mais força ao longo deste par de meses, numa e noutra direção. Soubemos manter o rumo, juntos... com maior ou menor dificuldade, contornámos icebergues, ainda que tenhamos chocado de frente com uns mas soubemos tomar conta. Soubemos antecipar problemas, soubemos enfrentá-los e soubemos sair por cima... tivemos arte e engenho para seguir no nosso rumo. Crescemos!
Soubemo-nos rir de nós, soubemos rir dos outros, soube rir de ti e quando te rias de mim.
Aprendemos o sorriso, as sombras, os olhares, os efeitos das luzes e a emoção.
Lidámos com muita coisa, o que tornou estes 2 meses uma aventura magnífica, sem fim à vista.

Por isso faço-te esta pequena homenagem, por todos os sorrisos, os choros, as alegrias e as marteladas que vivemos. E por tudo o mais que esteja ao virar da esquina,

REVE4 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Pst... do internamento quase certo depois deste desmaio de palavras

Oh sossego que não te vejo
Regressa, não tenhas receio
Deixa-me sentir o teu sorriso
Sabes o quanto o anseio.

Abraça-me e não largues
Tenho-te tido em falta constante
Vem, senta-te, instala-te confortável
E segue comigo até lá adiante.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Pst... das férias

Eis-me de férias.
Já não é o primeiro dia em que estou livre mas cada um que vai passando sabe como se fosse o primeiro.
Até o último assim vai ser...

E como de boas férias se tratam... vou para o sol!!

E noutra nota, que não tem nada a ver:

"Não aprendeu a lição da vida quem não domina o medo de cada dia"
Ralph Emerson

sábado, 13 de julho de 2013

Pst... do tempo cinzento


Hoje acordo e olho pela janela. Não está muito diferente dos últimos dias... um tom cinzento, lúbrege e pouco convidativo abraça-nos. Uma pessoa vislumbra o horizonte, procurando o raio de sol mas ele não está onde deve estar. Estendemos o olhar para mais longe, com maior atenção, para procurar aquele momento de brilho, aquele sítio onde o calor irá estar...
Mas não está...
Resta-me ir lá fora e soprar às nuvens para que desapareçam...

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Pst... do soltar de foguetes


Hoje é dia de soltar foguetes?

Há momentos que são piores que ervas daninhas. Brotam, quando se esperam, ou não, simplesmente renascem ciclicamente...
Por definição, são assuntos desagradáveis. E de facto, não estou aqui a contrariar o normal, logo, sim, mantêm-se desagradáveis.
No entanto, é num par de mãos que, em conjunto, se encontra a força para abafar o oxigénio que alimenta esta chama inútil. Inútil de sentido, inútil de validade ou de razão de ser. E é nesse par de mãos, muitas vezes quando até o mindinho basta, que continuarei com todos os sonhos, os meus e os nossos.

Afinal, hoje é dia de soltar foguetes?
Até pode ser... não esperem que fique para o final a apanhar as canas.

"Paciência e nada de pressas fazem mais do que a força e a ira"
La Fontaine

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Pst... do sentado


Ando sentado. Por muito paradoxal que pareça, o meu caminho tem sido feito sentado, tantas e tantas vezes. Tantas e tantas vezes a mais...
Vou-me levantar agora, espreitar mais longe e continuar o meu caminho. O meu caminho...
Sentar é que tão cedo não farei...

terça-feira, 9 de julho de 2013

Pst... do funeral


Não é fácil esquecer aqueles minutos. A ideia de terem passado a correr é vaga pois a sensação de eternidade acompanhou cada passo... e deixaram uma marca que nunca sairá.
Logo pela manhã, ao raiar do dia, o acordar triste, o banho tomado sem vontade, o fato vestido sem gosto, a gravata preta... O calor, esse, apertava, entrava por todos os poros... A sala que nos aguardava reservava flores, velas e um caixão ao centro. Lá dentro, o meu avô. Era o seu funeral e as nossas últimas despedidas. O bafo quente era impiedoso, que nem a lágrima que não deixava de cair pelo rosto conseguia combater.
A missa foi passada e dita ao seu ritmo, com emoção mas em tom baixo. O ombro e o abraço caminhavam lado a lado, portos de abrigo para um consolo sempre disponível.
Começaram então os minutos a contar... o segurar na madeira, transportando em direção à carrinha funerária. As mãos suadas, a lágrima teimosa que não abrandava e um último olhar para o vazio! Aqueles passos foram os mais difíceis... as pernas avançavam sem aparente controlo mas avançavam. Iam ao seu destino, como se sabia estarmos a carregar quem já chegara ao seu...

sábado, 6 de julho de 2013

Pst... do último suspiro

Foi hoje, pelo calor de uma manhã como já houve tantas outras.
Podia ter sido ontem, há quatro dias como daqui a um mês.
Mas o último suspiro saiu, sereno...

Até já, avô

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Pst... da noite que pode ser

Não gosto de ser pessimista! Bruxo também não tenho arte para tanto...
Mas há coisas que parecem irreais até ao momento que se torna real. Fatias e bolos nunca fizeram mal a ninguém mas preso por ter, preso por não ter, prefiro sossegar...

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Pst... do Big Brother político


O verão político começou. Em vez das figuras tristes dos nossos responsáveis a banhos, a época dos malucos começou mais cedo, com uma crise de ciúmes entre os partidos do poder, liderados por homens de umbigo exagerado.
E, como entre marido e mulher não se deve colocar a colher, eis que se chateiam as comadres e vão carpir as mágoas longe um do outro. E nesse momento, fica um país em suspenso, a refletir e indignado com a atitude estadista dos nossos homens de Estado.
Um Big Brother ao bom estilo veranil, mas que nos toca a todos.
Pobre Portugal...cuja austeridade de homens bons não te permite o resgate

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Pst... da viagem sem retorno


 Pois, começar a viagem com a chegada parece confuso... mas chegou, chegou a chamada que não queria. E com ela deu início a uma contagem decrescente que nunca terá retorno.
 As dias vão passar a horas, as horas a minutos, os minutos a segundos e quando não houver nada mais pequeno... lá chegará o fim! Uma viagem já sem retorno...