quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Pst... das novas ausências de outras histórias

Foi no teu olhar que descobri a razão da ausência. No som da tua voz que virei a agulha da inspiração. E no calor do toque que reservei o pensamento. Foi na surpresa e no acaso que carimbei novos sorrisos.

Não tenho escrito muito aqui recentemente... Mas aqui dentro monta-se um novo texto e novas linhas.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Pst... do preço do ar novo

Sabe maravilhas sair da cidade. Foram muitos dias, muitas emoções. Perdi tanto quanto ganhei, tal como deixei ficar em empates estratégicos.
Agora? Ar fresco e novo, caras conhecidas e perfeitos estranhos, outros hábitos e ritmos, vida e pulsar novo.
E desta feita vou sozinho... Ficas onde sempre ficaste e não sairás mais.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Pst... da confissão que nunca quis fazer

Custou...
Não foram palavras fáceis e a solução encontrada parece ficar a meio caminho do nada. Mas não havia alternativa e não estava capaz de mais. Nem feitio, para ser sincero.
Ontem escrevi-te, finalmente, e fui duro, fui muito duro. Depois de tanto escrever para mim, no meu cadernito, compreendi que não era para mim que escrevia. Antes para ti, sem certeza que alguma vez o lesses. E essas palavras perdiam-se no tempo, rematadas em ações e gestos em destinos contrários.
Foram palavras secas mas com ritmo, frases áridas mas com sentido. O espelho do deserto a que nos votaste, conscientemente. Não houve paragem entre as letras, saíram como deviam, um reflexo fiel do que pensava. Lamento a forma escolhida, sim, irei lamentar sempre, pareceu cobardia, mas não havia segunda via. Não a quiseste, de adiamento em adiamento, ao mínimo que poderíamos ter sido. A César o que é de César, lembrei-me, para dar corpo aos meus pensamentos, que me dominaram durante semanas. E a porta sempre aberta...
Mas cansei de adiar, fartei de sonhar e deixei cair com estrondo os meus pensamentos.
Pedi respeito pela minha decisão mas mais complicado será eu respeitar a minha própria escolha. Mas o caminho é sempre assim, de olhos em frente, sem hesitar. Acho que tive uma boa "professora", devo-te isso. Nunca o imaginei assim, não o desejei sequer. Mas não havia como mais...

Algures lá atrás

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Pst... do quente/frio haja sol ou chuva

Ontem acordei de sorriso vestido. Não foi adquirido ou inventado, simplesmente estava lá ao acordar. Não são muitos os dias em que isto acontece, tenho dificuldades em me lembrar da última vez que me invadiu essa serenidade. Aliás, tenho dificuldades em me lembrar de muita coisa recentemente, está visto. Ou talvez simplesmente prefira não reviver.
A sensação é inebriante. Vem de dentro, daquele inconsciente que não temos acesso direto, mas vira e revira tudo no nosso dia a dia.

Hoje a sensação contrária. Sem sombra de sorriso ou qualquer movimento de músculo nesse sentido. Hoje é um silêncio quase total e os poucos sussurros que saem conduzem-se ao sentido contrário da via.

Uma e outra sensação são naturais. Mas que não guardam qualquer paz, isso não guardam...

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Pst.... de pessoas de génio IV (a mesma tentativa de manter o blog interessante)

Sem nada extra, só um texto muito bem conseguido, da série dos génios...

"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? 

As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. 

É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução. 

Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha. 

Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. 

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.


Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Pst... do enche-enche-enche

Expectativa,

. acto ou efeito de expectar = espera.
. esperança baseada em supostos direitos, probabilidades, pressupostos ou promessas
. ação ou atitude de esperar por algo ou alguém = esperança.

Não sei quanto a vocês mas acho esta uma das palavras mais ingratas da língua portuguesa. Pois não se controla pois não há dique para a torrente. Consciente, não tão consciente quanto isso, somos sempre lançados neste enche-enche-enche que não nos carrega para lado algum. Ao olhar para o lado, esquecemos de olhar para nós, ao falar com alguém esquecemos o diálogo connosco.
Bendita palavra, a arruinar momentos para tanta gente durante tanto tempo.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Pst... que prova que afinal são sempre copos

Copos, sexta-feira, ao ritmo de uma conversa íntima.
Copos sábado, ao ritmo de um concerto "regado".
Patuscada, que virou em copos, domingo, ao ritmo de uma tertúlia desgarrada.

A mudança de locais, hábitos e pessoas provoca sempre uma diversidade incrível de pensamentos e lembranças. Não me lembro quando me esqueci disso.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Pst... da escolha

Não há confusão do caminho. Ele é conhecido e está estabelecido. É na ausência que somos testados à escolha e felizmente ela surge! Por vezes tão singela como um olhar ou um sorriso, mas que chega, ah, credo, claro que chega.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Pst... das histórias de crianças levadas para adultos

Parece a história do Pedro e o Lobo, lembram-se? Do Prokofiev?
Tantas vezes foi o aviso que quando finalmente chegou ninguém acreditou. Pois, hoje, excecionalmente, chamo-me Pedro e quem me acompanha acreditou sempre que eu soprei. Vieram sempre e por norma diziam: "Tens a certeza? Abre os olhos..."
Pois o Pedro não os queria abrir, naquele delírio inocente que sabia mais do que lhe podiam aconselhar. A vida estava nele, era dele e ele haveria de saber como lidar com ela.
Pois foi preciso chegar à boca do lobo... e conforme ela fechava, sentir a mão protetora que te amparou. E de repente o Pedro obrigou-se a abrir o olhar e sentiu a vida que lhe diziam permitir ser, em vez da vida que ele sonhava ter.
Foi no conforto da mentira e do engano, do brincar não tão inocente com sentimentos, na decepção, nas "madrinhas" e do "não fui eu quem pedi?" e no orgulho da postura "de categoria" que tudo caiu por terra, desfeito ainda antes de a tocar com o estrondo possível.
E soube bem...

Encontrado no facebook, algures

Pst... da guerra "surda" sem tréguas

Já são horas a mais nos bancos das salas de espera dos serviços públicos deste país.
E são, sem dúvida, os sítios mais aborrecidos alguma vez imaginados. Os rostos fechados de quem espera, em cuja cabeça passam mil sítios onde preferiam estar neste momento - acredito até que o local de trabalho pareça um paraíso -, até aos suspiros pelo lento passar do tempo.
O que não muda? O estilo vagaroso, de quem só espera pela chegada da hora do almoço, de quem está do outro lado da secretaria.
É uma guerra "surda" aqui dentro, num silêncio próprio de um jogo de xadrez, em que o vencedor está encontrado no momento que tiras a senha.

Sigamos

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Pst... dum bocejo que não vem

O sono não me quer
Hoje deixou-me de lado
Os olhos teimam em não fechar
O corpo não merece tal fado.

O dia ganha asas lá fora
As pessoas começam a viver
Eu, por tanta volta que dê
Não há como ganhar querer.

É triste, o fado sozinho
Como triste é o bater do coração
Sem eira, norte ou beira
Não há sossego, paz ou razão.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Pst... do bullying extrarrelação

Já não é a primeira vez, não será a última e a tendência será infelizmente para continuar.
Recentemente tenho assistido a alguns casos de relações mais ou menos mal resolvidas, outras resolvidas de todo, outras até que nem chegaram a ser. O denominador comum? Um dos pares da dança tem dificuldades em aceitar o rumo dos acontecimentos e, nessa negação, acaba invariavelmente por dar "um ar da sua graça" durante dias, recorrendo a um bullying medonho, que atinge expressões de pura malvadez. Esperas, surpresas, mensagens via telemóvel ou facebook, até perseguições de cariz pidesco.

Sob todas as capas, qualquer motivo tem parecido válido para deixar essa marca na vida de alguém que já não está ou não quer estar! E, nesse desespero, as palavras surgem de forma particularmente cruel de surgir, pois só assim encontram sentido e fazem efeito.

"Se não puderes estar com eles, inferniza-lhes a vida"

Pois...

Não há sova suficiente para bastar a tristes cuja imundice parece ser o seu habitat natural. Sempre ouvi que gostar/amar alguém é sobretudo desejar-lhe o melhor! Posso estar enganado mas se o estiver, não quero prova em contrário, deixem-me manter-me nessa ignorância para sempre.

A minha singela homenagem

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Pst... do beijo ao acordar

Um dia que começa logo cedo com a tua sobrinha, de singelos e inocentes 3 anos, a acordar-te com miminhos e um beijo carinhoso, para de seguida saltar-te em cima para garantir realmente que acordas, sem fuga possível - porque o sol brilha lá fora e porque os baloiços aguardam, assim como um passeio -, só pode ser abençoado.

Dias assim têm cem anos e a pequena M., essa, faz-me parecer 15. Gosto destas contas...

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Pst... da viagem iminente

Não digo que tenho os segundos do meu dia a dia tão torcidos e violentos quanto uma montanha-russa, longe disso, gosto mesmo dos meus momentos de pausa! 
Mas os últimos dias, inesperadamente, colocaram-me outra vez no banco. Não fui convidado, ninguém me sugeriu ou indicou o caminho, simplesmente dei por mim lá sentado. 
E a carruagem já vibra, sinal da iminente viagem. Nem consigo perceber se o cinto está posto, espero que sim. Respira fundo...


Pst... i'm in

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Pst... da nova crónica SSiana

Loja do Cidadão, novamente a SS, pois quando o tratamento é bom, tens sempre vontade de voltar. Sempre.
Pois então, a alvorada tocou bem cedo. Raiavam as 7.45 e já me encontrava a estacionar o carro e a refazer-me do primeiro choque. A fila contornava já três edifícios vizinhos, num estranho serpentear humano que procurava proteger-se da chuva que não dava tréguas. Idosos, crianças e adultos faziam já da paciência uma arma para uma manhã (e eventualmente um início de tarde) muito dolorosa.

8.30, abrem-se as portas da loja e a fila, ordeira, segue rumo ao 2.º andar, onde são distribuídos os bilhetes mágicos. Sem atropelos e civilizadamente, o suspiro, repetido, (como aqui) sai do rosto daquela multidão, que começa a fazer contas ao tempo e sobretudo, a como passá-lo sem desesperar.

9 horas, nada... são despachadas míseras cinco pessoas. Azar, hoje parece que o dia promete. Afinal, o 47 era o meu lucky number.

10 horas, isso!, ainda nada...

12.30, estamos na véspera do meu número. Hurra!!!

12.48, chegou finalmente! Ao sentar e expor o problema, eis que ouço "ah mas isto não é aqui, tem de se dirigir a outro departamento, situado do outro lado de Lisboa!" Pois... é o que dá confiar na linha telefónica de apoio.

Enfim, uma manhã de suprema qualidade, sob o alto patrocínio das tabaqueiras, jornais e Facebook!

Pst.... das músicas que te leem pela noite

Já madruguei nos teus braços
Toquei-te a boca num beijo sem fim
Já foste minha nesse sonho que acabou
Já foste a luz que o tempo apagou
E se essa luz me afagava
De cada vez que passavas por mim
Agora quem nasceu pavio desse amor
Fecha-se a porta para tentar fugir à dor.

É só poeira
Da caminhada que já fiz
Vou-me afastando
Do sonho onde eu fui feliz
Ando perdido
Comandante sem lugar
A vida acaba
Mesmo sem antes começar
Aqui...
(...)


domingo, 5 de janeiro de 2014

Pst... dos vários sentidos da ronha

A ronha é uma invenção deliciosa. Abençoado quem a pensou e a desenvolveu um dia para tantos podermos beneficiar.

Quando os teus sentidos te abandonam, que as imagens seguem indiferentes na televisão, que os sons e cheiros seguem indistintos, que um passo parece uma aventura de cansaço, que o corpo pede paz e sossego, o teu espírito entra em contradição e não encontra a quietude que necessita.

Consequências de um jogo do gato e do rato que não pedi para entrar mas vi-me já lá dentro. Não me falta garra nem empenho, falta só o essencial: a vontade de o jogar! Essa há muito que saiu...

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Pst... de um 2014 de brincadeira

Brincadeira de 2014


Pst... do regresso às lides blogueiras com outra esperança

Ano novo,
bom, para já é só isso. Para a vida nova tenho ainda 363 dias, pelo menos, para o perceber.
Ainda estou afetado de uma noite de fim do ano de arromba! Amigos, muitos, boa-disposição, diversão, álcool, muito, lágrimas e sorrisos, recordações e projeções de um futuro aqui ao lado.
Como se dizia, os alicerces da casa tremeram mas ela não veio abaixo.
E nas paredes ficaram os desejos, as ambições, os sonhos e as promessas para um ano que pode vir a ser memorável.