E, sim, é uma ciência exata.
Todos os dias o sol nasce do mesmo ponto e volta a deitar-se exatamente no mesmo local. É científico, é natural, é assim sempre, não há como fugir. De este para oeste, com o momento da passagem do astro pelo meridiano local como expoente máximo, ou seja, como o meio dia. Não é difícil...
Quer isto dizer que sempre que se quiser ver o sol, é possível encontrá-lo. E não demora muito tempo a descobrir onde ele anda, não é preciso pedir a todos os deuses as indicações. Basta olhar, seguir a sombra e olhar para trás se ela estiver para a frente. Simples.
Não ver o sol, todos os dias, só se justifica se não quiseres ver. Se a cabeça continuar baixa, se os olhos estiverem carregados de lembranças e remoinhos, se um vislumbre de luz faz virar o rosto, isso é com cada qual.
Agora não peças o sol, olha-o. Não ouças indicações, segue a tua intuição. Não te queixes que não existe, pois - e adoro clichés - o sol quando nasce é para todos.
E é mesmo para todos, sem exceção: basta tirarem aquele minuto, mesmo envoltos no nevoeiro, para olhar para cima e sentir o sol beijar-te no rosto e aquecer a face. E se isso não te trouxer um sorriso, lamento, profundamente...