sábado, 30 de novembro de 2013

Pst... da confissão de um dia perdido

Confesso-me, hoje estou derrotado na minha própria vontade.

Ao contrário do que dizia no post anterior - escrito quando o dia raiava a metade, ainda tanta inocência naqueles dedos -, hoje foi dia de nada mais do que regado pelas constantes chamadas à memória de tudo que me faz duvidar. Polvilhado pelos pesadelos noturnos, que vão tornando-se regulares, cheira-me, estou capaz de apostar, que os próximos tempos serão feitos sob o signo do cinzento.

Há muito por que mudar, a verdade é essa.


Pst... de um dia de desafios


Chega sempre o dia que olhamos para dentro e vemos para lá do óbvio e do imediato. Que chegamos mais à frente, que tiramos as poeiras e as sombras e observamo-nos.
Há sempre o dia que somos sinceros connosco próprios e vamos à procura das perguntas do qual não queremos a resposta ou, até, das respostas para o qual não há pergunta.
Há sempre o dia que nos enfrentamos nas dúvidas e nos medos, que nos desafiamos e que nos temos de nos ler, como se fosse uma estreia, em páginas virgens e inocentes dum livro imaculado.
Chega sempre o momento que olhamos ao espelho e cansamo-nos daquele ar, da expressão e do aspecto.
Há sempre o dia que começa por nós e para nós... E ontem, já foi dia de cortar o cabelo e começar nas mudanças.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Pst... de pessoas de génio

"O valor das coisas
não está no tempo
que elas duram,
mas na intensidade
com que acontecem.

Por isso existem
momento inesquecíveis,
coisas inexplicáveis
e pessoas incomparáveis."

Fernando Pessoa

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Pst... dos pássaros da imaginação

Ter o pássaro na mão e deixá-lo fugir já é mau.
Tê-lo bem agarrado nas mãos e ele desaparecer é um desastre.
Fingir que o pássaro está na mão para dares conta que ele não existe é uma desilusão.

Mal por mal, que o pássaro ganhe asas de todo.


Boa noite

Pst... da pausa no centro citadino

E é em sítios desconhecidos que se encontram pequenas pérolas desta cidade alfacinha.
Aqui não tenho de duvidar das palavras ou consumir-me com gestos. Não tenho de pensar ou querer saber sequer...
Aqui não sou saco de pancada, não sou uma medusa ou um deus. Aqui sou eu...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Pst... da SS dos tempos atuais

8.35 - retirada do ticket na Segurança Social
8.36 - suspiro pela quantidade de gente que já está à tua frente
12.26 - vês chegar o teu número
12.32 - sentas-te
12.41 - estás com problema resolvido

E, pelo meio, não houve choros, gritos, ameaças ou cenas de violência. Nem mesmo uma queda cómica ou uma cara conhecida.
Só eu, o meu livro e uma dose industrial de resignação e paciência.

domingo, 24 de novembro de 2013

Pst... da rodagem da noite

À noite será sempre pior...
À noite todos os sonhos regressam quando fechares os olhos
À noite todos os sonhos regressam para não te deixar fechar os olhos
À noite todo o vazio ganha contornos de solidão

À noite.... a minha vida ganha corpo inspirado num Pesadelo do Freddy Krueger

:)

Pst... das poucas palavras II


Some words are completely out of order


Pst... de hoje (sem atualizações)

Hoje o sorriso está nos olhos e nos dedos que escrevem estas palavras. Hoje acordei sem amarras ou vontade de continuar dentro do edredon de todas as aventuras.
Hoje quero levantar-me, hoje o sol brilha lá fora e vou a correr atrás dele. Hoje não há nuvens, nem cinzentos nem cair ou levantar. Hoje não há nada...
Hoje sou eu, hoje estou de folga e hoje vivo. E amanhã viverei, e no dia seguinte repito a receita e guardá-la-ei como um segredo bem guardado junto dos meus tesouros.
Hoje serei eu...

sábado, 23 de novembro de 2013

Pst... das imagens que chegam sem aviso

Não tem remédio: a dificuldade em adormecer desde há dias vai tornando-se cada vez maior.
A cada momento que fecho os olhos imediatamente sou invadido por sonhos que me fazem abri-los de novo. O receio de os fechar torna-se um cadeado que sela a tua tranquilidade num patamar distante.
Imagens recentes, que me confundem, que me tranquilizam ou que me assustam. Seja qual for, não é de ânimo leve que a acompanho no pensamento.
Mas tenho de o viver. Não estou preparado para essa tranquilidade? Não estou preparado para perder. Com ou sem sossego, mantenho o mesmo ser cá dentro, embalado pelos sonhos de uma mão.
E essa sensação, quando chega, estremece-me e tranquiliza-me. Altura de fechar os olhos e acreditar que o sol, as gaivotas e o cinzento estão noutro lado e que deste sobro tu e eu.

Pst... do ferro quente

"Lembro-me da plataforma onde nem tive coragem de te olhar.
Se tivesse olhado pela janela naquele instante teria saído. Teria ido ao teu encontro, sem querer sequer explicar os motivos. Cheio de sono e pensamentos que não partilhaste, mas apareceste. Se soubesses o que senti quando te vi. No meio de gente e malas e cores e placas, estavas tu! 
Sim, conquistas-me assim."


Lembro-me deste texto, perfeitamente. Quando o li, trouxe-me à memória tanto que tinha guardado, tanto que tinha empurrado para dentro ou simplesmente colocado debaixo do tapete. Fez-me soltar a lágrima, confesso.


Talvez esteja desocupado demais.

Talvez a tarde aqui no pardieiro esteja tranquila e a prometer uma noite intensa. 
Talvez tanta coisa mas não consigo decifrar o porquê de estas palavras estarem gravadas a ferro quente na memória desde as primeiras horas do dia.

Pst... do pardieiro a horas indevidas

Mais um dia no pardieiro. Este, ao contrário de muitos recentes, nem devia aqui estar.
Uma rasteirada do prazenteiro colega de carteira, que de certa forma me faz lembrar os bons velhos tempos de escola aquando dos testes. Se uma baixa inicial de 3 dias se estendeu por mais de um mês em tempos recentes, por que não tirar férias logo a seguir? Afinal, descanso e papas são essenciais para uma vida saudável.

Com duas décadas a mais do que eu, devia sinceramente beber mais da fonte do bom senso e do juízo.
Mas enfim, é o que temos, não há muito a escapar pois os deuses do pardieiro têm confiança quase ilimitada na minha disponibilidade e capacidade. Que é como quem diz, um tapa-buracos de tremenda eficácia, ou uma rede, como já ouvi dizer aqui dentro.
Já quanto à vida saudável, deixemos essa conversa para outro dia...

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Pst... das asas que não existem

A realidade pode nem sempre ser aquela que vês ou esperas. Em dias especiais, todo o contacto com ela é retido como se nada mais houvesse. Portanto, palavras, podes jogá-las longe... mas, cuidado, o ricochete é inevitável


Pst... das pausas do Nabeiro

Da série das pausas, com alto patrocínio do senhor de Campo Maior

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Pst... da folga contínua

Hoje, a esta hora, sob o efeito da noite, não há café, não há lugares e está cheio... Felizmente!!

Pst... de um percurso cíclico

Tenho os dias em sintonia.
Entre o abrir os olhos pela manhã e o deitar noite dentro, sinto-me a guiar a par e passo com as horas que o dia vai passando.
Acordo na esperança de um novo raiar, iluminado pelo sol e pelos sonhos, pelo sorriso da esperança e do carinho, do acreditar num "novo dia". Conforme o dia chega a meio, vou subindo em constantes oscilações. Faz parte! Eis que se aproxima o frio e a noite, e aí acompanho-o pela pouca luz, pelo gelo e vou escurecendo por dentro, irrequieto e impotente. O deitar é o normal: hoje não foi um "novo dia"!

Pst... da pausa que se prolonga

As pausas vão chegando... Prolongam-se também. Mais uma vez, uma mesa, um lugar, vago

Pst... das palavras sem horas

Não deixa de ser irónico descobrires as palavras certas vindas de quem não te conhece de todo...
Mais do que os conselhos de quem te rodeia, foi naquela conversa que pedaços do puzzle começaram a encaixar.
O caminho é longo e duro mas faz-se... Disso quero ter a certeza.
E a jura do mindinho, tão própria de crianças, irá fazer-se... E quem sou eu para contrariar a inocência das crianças?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pst... do Facebook que segue regras que ninguém quer

"Até onde posso, vou deixando o melhor de mim... Se alguém não viu, foi porque não me sentiu com o coração", by Clarice Lispector
ou
"Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos apenas duramos", by Padre António Vieira

Sabes que estás a precisar de algo para fazer quando te distrais com o Facebook e ele paga-te - com gorjeta, aliás - em dizeres românticos/introspetivos/lamechas/sentimentais/tristes/ e de esperanças.

Pst... duma pausa que nunca chega

De quando em vez preciso de uma pausa. Cinco minutos, para respirar, para sair dos dias enervantes que me têm acompanhado.
E sim, é um café, uma mesa e um lugar... O outro está vago!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Pst... de uma serra a branco

Assim se pintam as cores da minha serra. Por aqui, em comum só mesmo o cinzento


Pst.. do menos falado e mais feito

Menos falasse e mais fizesse e hoje o dia não tinha começado em claro.
O sono, de cuja esperança perdi muito rápido que chegasse, faltou e o dia começou sob o signo das olheiras.

Mas ainda houve paz de espírito para isto...


Não houve foi encontro... mas a cor não se perde!!!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pst... dos 180

São 180, mais ou menos, não sei a conta exata. Mas qualquer um deles foi vivido como o último, embora sem nunca o ser. Nunca o foi, não desejo que alguma vez venha a ser.
Qualquer um deles, desde o primeiro, parece ter sido há uma eternidade... Intensos, vividos e amados. Com dor, mágoa também mas nunca foram se não únicos.
Dei, dou e quero dar o meu melhor. E quando o sinto a fazer, sei que consigo um pouco mais além... Foi sempre assim, foi sempre o que me guiou neste caminho que iniciámos. Passo a passo, em corrida ou por diversão, fizemos o nosso percurso, com os olhos em nós e no futuro.
Cobrimos as possibilidades, revelámos segredos, fomos encontrar coragem, fizemos asneiras, tivemos tudo. Temos tudo...
E é por 180* infinito-1 que todos os dias acordo. E é por todos os dias acordar e pensar logo em ti que o dia vale a pena ser vivido.
E é por tanto mais, que ambos já soubemos partilhar, que venham de lá eles....
SMS, ainda hoje vou descobrindo sobre ti mas o que conheço faz-me sentir o mais afortunado. Um prazer, uma honra e um desafio para a vida.

Pst... da vida limite

Dias difíceis têm a sua conta... Enquanto duram parece que nunca param, estão sempre a chegar, a cada amanhecer até cada anoitecer. Ou a Fortuna te dá um golpe ou encaixas diariamente de sorriso no rosto.

Nem sempre é fácil manter o sorriso, custa, há dias que nem olhando para as pequenas coisas conseguimos esboçar uma reação.

Quando os passeios passam a ser uma necessidade, quando a ausência entra no dia a dia, quando a solidão é um castigo, quando as palavras chegam por ondas, quando o abrigo não chega para a chuva.

Hoje não devia ser o dia.

domingo, 17 de novembro de 2013

Pst... da impotência

A sensação de se perder é esmagadora... Quando ela se entranha é terrível para a tirar da pele, para a sacudir para longe. Até pode ir, sim, pode desaparecer mas acaba por te encontrar de novo, encontra sempre maneira de se colar.

A sensação de já ter perdido é incapacitante. Prende os movimentos, aprisiona a expressão e molda o pensamento. Não há como fugir, ficas fechado em ti mesmo, enquanto sentes que nada tens para a afastar.

Pois hoje sinto-as... E todos os sonhos do mundo não chegam para dar um pontapé sequer.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Pst... dos búzios de um dia diferente

Hoje dói.
Sem um motivo realmente valioso, ou válido, mas dói. E não precisei de búzios para ver o que o futuro imediato me estava a trazer.
Todos os momentos contam, costuma-se apregoar na "comunidade do cliché" - aqueles malucos das bengalas da linguagem -, do singular ao extraordinário. E em todos vêm em nosso socorro as memórias, que tentam colocar tudo num eixo de entendimento.
Sim, homem/mulher, todos são inseguros quando não dominam o terreno. E em qualquer sentimento, nunca há controlo. Portanto, "noves fora nada", a insegurança vem sempre de mão dada a uma qualquer emoção.
Conviver com ela? Sim, faz parte, é dever e direito de cada um. Agora sem eixo de entendimento, ou gratuita, lamento, o Natal ainda não chegou.

Pst... da (des)ilusão

. Engano dos sentidos ou do espírito que faz tomar a aparência pela realidade.

Hum?? Espera, não, este é o significado de ilusão, não do seu contrário. Ou como diria Albert Einstein,

. A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.

(e sim, este foi um post remendado, de um dicionário português do Brasil, que tem de servir)

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pst... da folga carregada de sol

Segundo dia, quem diria?
Quem diria quando perdi este hábito.
Quem diria que não olho para o relógio e faço contas ao quanto atrasado estou.
Quem diria que a redação não me espera hoje.
Quem diria que o sol me recebeu.
Quem diria...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Pst... from Russia

"Above all, don't lie to yourself. The man who lies to himself and listens to his own lies comes to a point that he cannot distinguish the truth within him, or around him, and so loses all respect for himself and for others. And having no respect he ceases to love"

Dostoyevsky, "Brothers Karamazov"

domingo, 10 de novembro de 2013

Pst... do há muito

Não tenho dupla face, deixei de a ter há muito. E peço desculpa se foram vezes a mais! Se prejudicou, se magoou, se marcou, se desiludiu... Outros tempos, outras vidas, outras lembranças - do qual nada quero ter a ver a não ser um sinal amarelo - que contribuem em parte para o que sou mas que nada trouxeram a quem quero ser. E curiosamente esse já chegou...

Pst... doutro roubo descarado, começa a ser hábito

É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é contar sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.

Fernando Pessoa

Pst... da password das palavras

Todas as palavras têm o seu mérito. Aliás, não venho para aqui fazer outra coisa que não as escolher, selecionar, fazê-las funcionar numa geometria muito minha, que quem lê pode tentar entender, pode tentar decifrar mas na realidade, saberei sempre o que quis dizer, quando quis dizer, daquela forma que apareceu escrita, sempre.
Mesmo aquelas que não fazem sentido aparente, talvez só para quem as pensou e melhor as escreveu.
No fundo, elas transmitem uma sensação de segurança, fechadas numa password só nossa e que é impossível de partilhar.
Quanto muito podemos dar pistas mas essa chave, que liga todas as palavras num fio de pensamento e de rumo, nunca a conseguimos partilhar.

Pst... da geometria do sol

E, sim, é uma ciência exata.
Todos os dias o sol nasce do mesmo ponto e volta a deitar-se exatamente no mesmo local. É científico, é natural, é assim sempre, não há como fugir. De este para oeste, com o momento da passagem do astro pelo meridiano local como expoente máximo, ou seja, como o meio dia. Não é difícil...
Quer isto dizer que sempre que se quiser ver o sol, é possível encontrá-lo. E não demora muito tempo a descobrir onde ele anda, não é preciso pedir a todos os deuses as indicações. Basta olhar, seguir a sombra e olhar para trás se ela estiver para a frente. Simples.
Não ver o sol, todos os dias, só se justifica se não quiseres ver. Se a cabeça continuar baixa, se os olhos estiverem carregados de lembranças e remoinhos, se um vislumbre de luz faz virar o rosto, isso é com cada qual.
Agora não peças o sol, olha-o. Não ouças indicações, segue a tua intuição. Não te queixes que não existe, pois - e adoro clichés - o sol quando nasce é para todos.

E é mesmo para todos, sem exceção: basta tirarem aquele minuto, mesmo envoltos no nevoeiro, para olhar para cima e sentir o sol beijar-te no rosto e aquecer a face. E se isso não te trouxer um sorriso, lamento, profundamente...

sábado, 9 de novembro de 2013

Pst... dos dizeres alheios

"Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no facto de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões"

Bertrand Russell

domingo, 3 de novembro de 2013

Pst... dos sacrifícios


Sim, são vários e todos ao mesmo tempo.
Já dizem, há muito, que o que chega para perturbar ou te deixa abaixo ou te faz crescer.
No meio de tantos, torna-se difícil por vezes não ir abaixo... mas é na mão, no rosto e no toque que encontro muita da força para crescer.

E não, isto não um dos post manhosos do Facebook, cheios de chichés e frases feitas, repetidas à gerações.

É simplesmente um lembrete, de mim para mim, de nunca mais deixar chegar a este ponto.

Tu, um dia, irás agradecer, quem te rodeia também o fará...