sábado, 30 de agosto de 2014
Pst... do final de noite que não lembra a ninguém
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Pst... do entrar quando se sai
Regresso de férias há três dias. Um retorno inevitável, como consta da definição de férias: abandona-se, diverte-se e descansa-se mas a hora põe-se sempre a jeito. Fica sempre à nossa espera.
Chego quando se abandona, a vida tem destas coisas... os dados, quando lançados, são inflexíveis e a porta da rua, que não apetecível, é necessária.
Mas na verdade...
terça-feira, 26 de agosto de 2014
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Pst... do desencontro que se quer breve
Chegou o adeus, querida serra.
Mais uma vez deixaste-me tomar o teu pulso e os teus ares. Emprestaste-me os teus encantos e a magnificência. Relembraste-me dos poderes da natureza crua e dura, despida de preconceitos e opiniões. Deste-me a mão na tua serenidade. Nas fragas e fragões, nas pedras e nas penhas, nas águas geladas e nos bosques, nos rebanhos e barragens.
Levo a tua marca bronzeada no corpo, desenhada nos músculos mas acima de tudo gravada neste espírito irrequieto e sonhador.
Pois que o desencontro seja breve... A tua bênção e até já!
Pst... do momento exato
Senti
O quanto me despertaste
Soube
O que abriste
Sorri
Ao teu sorriso
Olhei
Dentro de ti.
Estremeci
Nas palavras trocadas
Desejei
O beijo roubado
Toquei
No corpo ardente
Abri
Um sonho velado.
Desejei
Uma vida sem par
Troquei
Segredos mil
Abracei
O calor do momento
Vivo
Com mais ardor.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Pst... da galinha no cu do ovo
Este nem é um post National Geographic nem tem muito a ver com a galinha - apesar de logo estar no menu serrano para um jantar de gala.
É tão somente sobre o que damos na mão e levamos de garantido. Como um convite indesejado que lança as brumas ou uma conversa que se percebeu há muito era devida. Ou, entendamo-nos, o cu do ovo onde pára a galinha.
Conclusões há muitas, confusões também... Há sempre tempo para tomar o pulso das coisas e assentar os pontos nos devidos iiis. Sem que surjam como factos irremediáveis em nome duma inocência pouco habitual.
Ninguém disse que era fácil, nem foi feito para o ser. Mas nesta receita que vamos cozinhando, há ingredientes dispensados e dispensáveis. E não sendo uma ciência exata, há elementos mais exatos que outros.
domingo, 17 de agosto de 2014
Pst... duma serra a perder de vista
Do alpendre centenário, polvilhado pelos zumbidos dos insetos, a serra perde-se de vista, com Espanha a entrar-nos pelos olhos.
Como as ameias de um castelo medieval, sentado neste alpendre de madeira, como tantos outros antes de mim, respiro a calma que a serra oferece, saboreio os montes e vales no horizonte e sinto a frescura duma paisagem de cortar o fôlego.
Se calhar são os 1.500 metros de altitude que me transportam a momentos que são meus, teus e um dia nossos. Ou se calhar é só uma saudade enraizada que dá a mão. Mas seja qual for, daqui, debaixo deste sol picante, sinto a comunhão desta vida que escolhi.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Pst... dos desvarios duma mente perversa
Corpos suados
Prazeres intensos
Desejos molhados
Olhares imensos.
Movimentos decididos
Beijos ousados
Toques atrevidos
Lábios trincados.
Roupas a mais
Respirares ofegantes
Promessas totais
Orgasmos incessantes.
Intimidade crua
Dedos entrelaçados
A minha alma na tua
Em caminhos cruzados.
Olho-te
e sinto-me.
Quero-te
e esqueço-me.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Pst... de novos sorrisos
Encho os pulmões deste ar beirão, límpido e fresco. Sentado no sossego da esplanada, banhada por um tempo farrusco e quente, imagino-te comigo, aqui.
São dias imaginados mas nunca vividos, foram tempos esgotantes de pensamentos mil, lembranças e memórias. É o desejo profundo de um fim anunciado da distância e da ausência.
Encho novamente os pulmões deste ar e de ti... e encontro um sorriso que não reconheço. E é deixá-lo estar, sei sem ver que não me fica mal.
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Pst... das regras de três simples
E isto serve para quê?
Para expor um ponto simples:
Não há recados nem pecados nestas linhas que vou escrevendo;
Não há subterfúgios nem escapadelas nas palavras que escolho;
Não há terceiras intenções ou desejos não antes revelados a quem me segue;
E sempre será assim. Sim senhora :)
Entendeste?
domingo, 10 de agosto de 2014
Pst... do foge, bicho, que não és aqui chamado
"Quem não dá assistência, abre concorrência."
Psiuu...
Pst... reconhecido
Querida Senhora da Beira:
Abriste as portas para eu entrar, na tua forma delicada e rústica. Continuas idêntica, manténs o teu velho sabor. Mas, desta feita, tens de reconhecer, com estados de espírito distintos. Acolheste-me de braços abertos e as tuas atenções não cessam, não esgotam na surpresa de dias que queria partilhados. Quanta aventura podia ser prometida.
Não é novidade, já me vês há muito, conheces-me como poucos, sabes os meus recantos de alma.
E é no exagero desta vivência, dos sussurros aos gritos, deste sossego agitado que te escrevo. Para agradecer... para dar de mim... para ser quem sou.
sábado, 9 de agosto de 2014
Pst... de que os esclarecimentos são sobrevalorizados
"Em cima de melão, de vinho um tostão"
Diz a reza popular, de mil cumprimentos pelos caminhos da capital e não tão próximo assim.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Pst... de quando as orelhas deviam ser curtas
A matrona na esplanada salta à vista. Elegante e provocadora, olhar dominador e treinado para fazer efeito. Por entre o café e o cigarro por fumar, o tempo é dado ao telemóvel. O tom de voz, não sendo agradável, é intenso e permite-me escrever estas linhas.
"Olhe, não sei por onde me virar. Entre os três, não quero escolher e vou vivendo dia a dia conforme apetece. Vem um, chega outro e aparece o tal. A minha casa parece uma saladeira, sempre a acrescentar ingredientes", começa.
"Não penso que esteja a fazer uma história, até porque eles sabem uns dos outros e continuam a vir", explica.
"E as tuas férias?", remata, já com pouco fôlego.
Sinais dos tempos que de modernos pouco têm (ou mil maneiras de não ouvir as conversas do lado)
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Pst... do salta-pocinhas dos pensamentos
Os suores frios atacam os dedos e as mãos, à vez, tudo junto e em simultâneo. Os pensamentos correm desordenados, à procura de um tronco para encontrar estabilidade e coerência. Correm soltos, dispersos e contraditórios. As provas e as palavras são isso mesmo, insuficientes, escassas e pouco válidas. Uma estranha onda de pânico, que não encontra substância nem solo para germinar, ainda menos água para se alimentar, invade os ossos e toma conta dos atos, dos momentos e do dia a dia.
Já devia saber melhor, faz parte, como em todas as aventuras. Mas nunca soube encontrar o antídoto, tal como um burro velho para novas línguas.