domingo, 29 de dezembro de 2013

Pst... do embrulho de 2013

Ainda aqui estou no pardieiro mas no ar começa a sentir-se o cheiro do réveillon. E como o trabalho é pouco, comecei a pensar no ano que passou e no que desejo para o ano que aí vem. E chegou-me tanta coisa que vivi durante 2013... de todas as cores, feitios, cheiros e sabores. Pois, para fazer a devida homenagem ao ano que passou,

Então,
. Perdi o meu avô.
. Namorei muito, sério e não tão sério quanto isso. Feitas as contas, foram mais os momentos em que estive acompanhado do que sozinho. E em cada pessoa uma história, uma recordação e momentos únicos.
. Fui integrado nos quadros da empresa, após anos em "lista de espera".
. Também profissionalmente, saltei da secção onde "vegetava" diariamente, numa rotina desengonçada, para uma alternância entre esta e a secção onde realmente quero estar, que me desafia diariamente a ser sempre melhor..
. Comprei um carro novo.
. ... e deixei "morrer" um carro velho.
. Não saí do país mas percorri-o por vários caminhos, sempre diferentes, de norte a sul. E sempre de olho posto para os meus locais de perdição, que quem acompanha o blog saberá perfeitamente quais são.
. Recuperei muitas amizades mas deixei "cair" muita gente que não interessava.
. Sofri mas também sorri muito por amor, por alegria, por tristezas, por desilusões, por indiferenças e por paixão.
. Mantive o blog a funcionar em pleno, com dedicação e paixão também, e expus-me sinceramente a quem quisesse ler. E sempre a crescer.
. Fui padrinho, com muita honra, pela primeira vez.
. Bebi muito, diverti-me mais e fumei um pouco menos.
. Consegui não ficar doente uma única vez ao longo de todos os 365 dias.

Chega?

Podia talvez ser mais, é possível que escreva mais entradas na lista, que não obedece a qualquer ordem, tão somente a ordem a que me veio à cabeça. Mas é suficiente para embrulhar um ano especial, embora o laço, esse, ainda está comigo.

Um Feliz 2014 a todos

sábado, 28 de dezembro de 2013

Pst... do dia que estava no calendário

Hoje apaguei-te, de todas as formas que consegui e quis.
Hoje desapareceste, de todas as formas que quis e pude.
Hoje fui eu quem quis sair, de todas as formas que pude e desejei.
Hoje foi o dia há muito marcado no calendário.

Eu? Vou lá fora fumar e aproveitar o dia

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Pst... do sonho que não se repetiu

(Um estranho vazio aparentemente tomou conta da minha vida. Uma sensação diferente de abandono, de estar a um canto virado para a parede. Como na escola, em tempos idos, quando não tínhamos a resposta na ponta da língua.
O convívio com este momento não é fácil, nunca foi fácil para ninguém. Todos procuram as melhores respostas, no menor espaço de tempo, para tudo que não veem ao redor. Os comos, os quandos, e sobretudo os porquês martelam a cabeça vezes sem conta, num ritual aflitivo sem fim.
Abstrair-te? Sim, é possível e desejável... Mas é provável que te vejas novamente face à parede)

Substrato de um sonho que não se repetiu mais. E com um sorriso posto o digo.

Pois há Amigos e Amigas, há família, há pessoas que se preocupam, que querem o teu melhor, que puxam por ti, há este meu blog que vejo crescer, há todo um mundo para lá e para além. E se andei desatento, as minhas desculpas, mas hoje não consigo ignorar o quanto afortunado sou. E isso ninguém me tirará

Finalmente

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Pst... duma crónica natalícia sem espírito


Não, não foi um Natal feliz por inteiro.

Toda a azáfama não é mistério para ninguém. Não deve haver quem leia isto que não se lembre das correrias de urgência, para as prendas de última hora, com orçamento reduzido e muita imaginação (isso pelo menos é a minha tradição...), até um convívio saudável com a batedeira, o fogão e o rapar dos tachos, há momentos natalícios que nunca mudam. Momentos que se colam a lembrar-nos da data, do seu significado e dos seus sonhos e expectativas.
Infelizmente há também a celebração familiar para relembrar todas as partidas e rasteiras que a vida colocou nesta família, que caminha para extremos opostos.

Não éramos muitos este ano. Duas mãos-cheias... Mas chegavam, perfeitamente, para uma consoada feita de paz e sorriso. A mesa inspirada convidava a bons sentimentos, o calor do bacalhau e das couves despertava o sentido da harmonia. E assim foi... até ao café.
Nessa altura, toca a campainha da casa. Um silêncio sepulcral atravessa a mesa, num suspense próprio de quem adivinha o futuro próximo. A recém-chegada visita fez a saída imediata de três. Histórias mal resolvidas que o espírito natalício não consegue abafar, numa decisão quase salomónica sem explicação. Caiu a ficha na mesa, este não seria um Natal inteiro, nem completo.

Incrédulos, os resistentes tentaram salvar uma noite que já não encerrava em si qualquer promessa. E assim foi, até a cabeça encontrar a almofada: o silêncio, na esperança que no dia seguinte, no corpo, na companhia e na inocência própria de uma criança de 3 anos, o espírito natalício voltasse. E assim foi...

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Pst.... do Natal adaptado

Estamos na véspera da Véspera de Natal.

Numa adaptação livre do conto da época, estou no pardieiro, já com o trabalho realizado e a contar as horas para a liberdade condicional. Por entre a sonolência própria do momento, os sonhos invadem-me com frequência, seja de olhos abertos ou fechados, indiferentes ao terror e perturbação que eles têm trazido num passado recente.

E, como na obra de Charles Dickens, em primeiro, chegou o Fantasma do sossego passado, de curta e muito breve passagem. "Trouxemos-te até aqui, fizemos quem és", sussura gentilmente.

De seguida, surgiu o Fantasma do sossego presente. Um abraço sentido e nova curta e breve passagem. "Estou aqui para o que for preciso", confessa.

Por último, mas não menos, apareceu o Fantasma do sossego futuro. Um sorriso, uma promessa e uma convicção: "Cheguei e estou para ficar. Vamos até onde for preciso."

E deixei de contar as horas para a liberdade... a árvore de Natal já o esperava, com as luzes e os enfeites de braços abertos!

domingo, 22 de dezembro de 2013

Pst... das Boas-Festas

A todos que perdem 5 (minutos ou horas, até segundos) a visitar-me neste projeto que ganhou um espaço tremendo no meu coração, Obrigado pela vossa atenção e a todos, sem exceção, desejo um Feliz Natal.



sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Pst... dos Tonys, Emanuel e Quins mas ligeiramente melhor

Péssimo vídeo mas a música, por amor de Deus... a bater o pé desde o início!! (um recuerdo da noite)


Pst... da incursão de uma lente

Hoje apeteceu-me ir ver a natureza sem cor e sem alma.
Um passeio introspetivo, sem rumo e sem intenção, à procura do que a lente me dizia.






quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Pst... das boas ideias para 2014

Há qualquer coisa de irresistível neste vídeo. Inexplicável, como tanta coisa nesta vida, mas arrebatador e cativante. 


Pst... do X

Reminiscências de uma conversa na altura certa e no momento exato! Obrigado, X

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Pst... da variação em dó menor da pauta do silêncio

Sempre houve silêncio. Os grandes mestres da música clássica usavam-no nas suas partituras, os grandes políticos também à sua conveniência e toda a gente, a certo momento, pensou um dia: "Mais valia ter ficado calado." Não é estranho a ninguém, todos o vivemos ou gostaríamos de ter vivido.

Muitas vezes nada mais do que uma simples arma de arremesso, um sinal de cobardia, falha de coragem ou de valores, o silêncio é uma brincadeira numa partida de adultos, ou melhor, é como fazer batota num jogo de cartas ou no casino. Uma vez apanhado nesta aldrabice, convidam-te a sair e não regressas.

Mas reconheço o seu mérito. Não sou inocente, sei que é um caminho fácil e imediato. Sei também que há silêncios que se tornam ensurdecedores, que esperam uma nesga de ar para se soltarem.

Eu? Bom, faço o que devo também... Ensurdeco.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Pst... dum passo de qualidade extra

"Foi com agrado que recebemos o seu e-mail manifestando interesse pelo exercício do Voluntariado.
 
 O Banco de Voluntariado, serviço da Câmara Municipal de Lisboa, tem como principal objetivo estabelecer a ligação entre a oferta e a procura de oportunidades de voluntariado, através da sua divulgação, do recrutamento de voluntários e do seu enquadramento em projetos.
Caso esteja interessado em dar o seu contributo voluntário em projetos na Cidade de Lisboa, sugerimos o agendamento de uma entrevista no dia 7 de janeiro de 2014, 3.ª feira, pelas ­­­10 horas no Edifício Central, no Campo Grande, 25 (próximo do metro de entrecampos). Deverá dirigir-se ao Balcão de Acolhimento e comunicar que tem entrevista com o Banco de Voluntariado.
Agradecemos que confirme a sua presença."

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Pst... das equações (e já pouco me lembro da matemática)

Sinto-me viver diariamente numa equação com inúmeras múltiplas mas com única resposta certa.
São várias premissas, demasiadas até, que convivo sem saber como encontrar sequer o início da solução.

As regras da matemática há muito que foram e nesta linguagem universal ou as tens na ponta da língua ou esperam-te longas horas de mistério.

Mas nestas coisas da vida, pouco te ajudam as regras inflexíveis e inquebráveis. Pois tudo muda num ápice, para poder regressar à estaca zero, para atingir um pico e para manter-se constante. E aí não há fórmula correta a não ser a tua própria. Se estás certo? Saberás um dia... para já, fica-te somente com o sentires essa certeza correr-te nas veias e nos pensamentos.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Pst... dum sítio só meu

Eis-me de regresso.
A viagem foi penosa e longa. Demorada também, por opção, mas feita ao ritmo dos pensamentos e ideias que me assaltavam a cabeça quilómetro após quilómetro.
A senhora beirã nunca me deixaria sair sem ter a certeza que voltava e sem sentir no coração que estava pronto.
Sempre foi assim, naquele ar, naquelas ruas, naqueles encantos e naquelas pessoas. No seu carinho, nos seus gestos e na sua alma, empresta-te o que pode e dá o que tem de melhor.
Toda a gente tem o seu sítio mágico, de conforto, de renovação e esperança, por via de experiências passadas, pela beleza do local ou por qualquer outro motivo. Pois lá és o meu...

sábado, 14 de dezembro de 2013

Pst... da senhora da Beira

Desta cidade em plena Beira tudo se pode esperar. Basta estar atento e, ainda assim, quando não estás ela encarrega-se de abrir os teus olhos por ti.

Sim, ela toma conta de ti, oferece-te as ruas e toda a animação num abraço coletivo próprio da época. É difícil não andar curioso aos cantos, às travessas, aos recantos em bruto desta cidade senhora.

No ar sente-se o calor das múltiplas cavacas que aquecem as lareiras, no frio um conforto que te faz reagir e no ambiente uma paz e tranquilidade que contagia. Assim são os dias felizes na Beira.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Pst... de uma igualdade atroz

Percebes que há algo errado no teu dia a dia quando vives de memórias.
Percebes que algo não está certo quando o calor da lareira não te desperta ou o frio da rua não te acorda.
Percebes que é estranho quando o silêncio e a confusão te deixam zonzo na mesma proporção.
Percebes a confusão quando todos os lugares sabem ou cheiram ao mesmo, quando todos os rostos são iguais.

Percebes que há algo errado quando até o olhar insistente da mesa do lado não te arranca um sorriso.

E percebes que é estranho quando começas a sentir conforto neste estilo.

Pst... do calor que não sinto

Mas que é um encanto, é...

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Pst... que nunca falha

Anár... quico

Pst... das palavras que não saem de forma coerente

Words are unnecessary 


Pst... do escravo do relógio

Faltam poucas horas.

Os minutos vão escorrendo aqui no pardieiro, a apontar cada vez mais na direção da saída.
E que alívio será quando fechar a maquinada e puder respirar fundo. Pois será o maior suspiro dos últimos tempos, quase um grito de Ipiranga dos bons e maus momentos.

Não sou escravo do relógio, sempre detestei despertadores... mas hoje não me importo que ele mande em mim e definitivamente hoje não me importo mesmo nada do zumbido do alarme.

Quero sentar-me naquele carro e não olhar para trás. Que todos os problemas, as aflições, o desânimo, as noites mal dormidas, os acordares violentos, o sono que não chega fiquem nesta cidade. Voltarei, sim, mas de casca mais grossa para vestir a samarra do dia a dia.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Pst... de pessoas de génio III (ou a versão preguiçosa de manter um blog)


Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje já é outro dia.

Fernando Pessoa

Pst... do pão de ló que me espera


Falta um dia para as miniférias. Quatro dias do que se espera de profundo descanso e sossego, longe do habitual e dos mesmos rostos, percursos e momentos. Sim, muita farra, entre amigos e amigas, numa cidade que sempre me recebeu de braços abertos. O pão de ló caseiro sempre feito, todos os anos, no fim de cada viagem. O sorriso e o abraço, a preocupação, o "estás mais magro, vais ter de engordar estes dias" nunca falharam...

Venha de lá o frio, que promete ser intenso. Mais do que tenho sentido cá não é fácil imaginar, das pessoas e do tempo. 
E hei-de levar-te comigo, sim, claro. Vais para todo o lado, de qualquer forma, com ou sem convite.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Pst... da ressaca dos sentidos

Domingo de manhã, hora de jogo.
A cabeça triplica sob o peso de incontáveis cervejas e de uma noite que de sono não teve um par de horas.

O sol no Restelo esmaga a paciência e o trabalho exige cuidado. Uma equação difícil de resolver...

No meio, a ressaca dos sentidos... Um olhar que já não está longe, uma vontade que não enfraquece e um viver que não domina. Libertador, quase...

Sim, já não tinha esta ressaca há muito...

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Pst... do bom filho

... À casa torna.

Pst... prático do não dizer nada

Boas ou más notícias, não temos controlo sobre elas. Ainda que tentemos fugir, encontram sempre forma de se colarem a nós, de nos perseguir e encontrar. E o timing nunca é nosso, essa prerrogativa é da notícia, sempre.

Escrevo facilmente e docilmente, não há nuvens no céu e o calor é reconfortante. Vir de camisa fumar, em pleno dezembro, não acontece sempre. E este pequeno momento tenho de aproveitar, antes que cheguem as notícias.

Pst... do H2O do sorriso

o efeito da luz na água criou uma seta que aponta para lá...
estarei

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Pst... da tarde de coração nas mãos


Sim, que se lixe, este blog não é um exemplo, não é uma guia para tudo. É o que eu quero, conforme penso ou quero escrever.
Tanto se me dá os retrocessos e avanços que faço, tanto se me dá que me vejam partido ou inteiro, feliz ou triste. Aqui sou eu, aqui não manda mais ninguém e escrevo o que penso, quando penso e da forma como quero.

Dito isto,

hoje foi um dia que devia guardar na memória. Pois se prova precisasse para saber, no fundo do coração, o quanto ele bate e pensa por si mesmo, com total desrespeito por tudo e todos, e que me leva sempre na mesma direção, na mesma pessoa e nos mesmos sonhos, hoje é um bom dia para tirar notas e para aprender.

Pois não se mandam nestas coisas... pois ninguém tem o mapa para te sentires como queres sentir. E por todos os ventos que se levantam, há sempre neste tolo apaixonado um otimismo imperador. Lutar contra marés, faço-o, lutar contra mim já não me vejo tão facilmente. E é assim que os dados foram lançados, eu sei, eu estava lá, de mão dada e em sintonia de movimentos quando eles rodaram no ar e aterraram. Estava ali uma vida...

Pst... das manhãs novas

Todos os dias uma nova manhã...

Apareceste ontem do nada, foste e vieste como uma folha ao vento. Deixaste a tua marca, como sempre. E hoje aqui estou, o mesmo, sem hesitação ou reserva, com as mesmas palavras na cabeça e no coração, nas saudades e na vontade. Não mudo pelo vento...

Venham as rajadas de vento, neste sol de hoje. E siga para o reiki, que a vontade sobrepõe-se à realidade.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Pst... de uma rodada de saudades

Não fugo à regra: tenho-as... e muitas. Mal seria se não fosse. Qual o idiota que tem saudades de algo mau, de algo que não lhe fazia bem? Teria de ser tremendamente masoquista, ou desprovido de inteligência, e isso não me assiste.
No fundo, são um tributo a tudo quanto foi, nesta "pausa" que ambos criámos, e as saudades enchiam linhas e linhas se me sento a recordar. Consomem-me? Sim, também, claro. Deitam-me abaixo? Não, nem por isso.

Ainda que carreguem o rosto de sombras, também me orgulho de as ter. Por tudo quanto foi, por toda a água que passou debaixo da ponte, por todos os momentos, pelos risos, gargalhadas e sorrisos, pelos olhares, pela intimidade, por tudo, estas saudades orgulham-me de ter sido alguém que fez a diferença... E isso não é todos os dias que se sente. E isso não é sempre que acontece... E isso não é para ser jogado fora.

Portanto faz parte do jogo, as regras são essas e não vale a pena amotinares-te. Havia alguém que muito prezo que fazia do amanhã uma ponte enorme de esperança, nos bons e maus momentos. Pois não está errada de todo, pelo contrário. Certo certo é que há sempre um amanhã, uma regra que, no fundo, só admite uma exceção...

E como há sempre quem diz as coisas duma forma melhor,

"Existe no silêncio, uma tão profunda sabedoria. Que às vezes ele se transforma na mais perfeita resposta"

Fernando Pessoa

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Pst... do elástico colorido

Em pleno jogo do elástico, o dito de borracha cumpre a função que lhe emprestaram. Estica, encolhe, volta a puxar e recolhe-se, o danado. Se a proximidade assusta, a distância também e o meio termo é uma expressão a que a razão não assiste.
Longe, perto, distante ou curto, a energia dispendida para o pôr a funcionar vai-se esvaindo a cada nascer ou pôr do sol.
Não sou a Feira Popular, onde se pode comprar uma senha para andar no carrossel. Ou um parque de diversão de veraneio para deslizar no escorrega....
E duma coisa não posso esquecer: se há momentos que nos definem, há momentos que mudam uma vida. E momentos desses têm sido toda a viagem dos meus dias passados e recentes.
Pois, caro elástico, torce, retira, puxa e afasta... Certo certo é que partirá pelo lado mais frágil. E ambos sabemos que de fragilidades está um mundo cheio.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Pst... das folhas de dezembro

Há momentos que definem quem somos. Que nos dizem quem vamos ser e onde queremos ir.
Momentos em que tomamos decisões do qual deixamos o julgamento da sua sensatez para mais tarde. Mas naquele minuto nada mais faz sentido.
Há momentos em que o chão está cheio de folhas mas olhamos e lembramo-nos quando éramos quem éramos e o chão era limpo.
Não estou aborrecido por momentos destes. Pelo contrário, chegam para tomar conta das nossas convicções e dos nossos medos. Chegam para nos definir e para nos moldar.
O chão tem folhas? Deixá-lo, em breve poderão ser pétalas.

sábado, 30 de novembro de 2013

Pst... da confissão de um dia perdido

Confesso-me, hoje estou derrotado na minha própria vontade.

Ao contrário do que dizia no post anterior - escrito quando o dia raiava a metade, ainda tanta inocência naqueles dedos -, hoje foi dia de nada mais do que regado pelas constantes chamadas à memória de tudo que me faz duvidar. Polvilhado pelos pesadelos noturnos, que vão tornando-se regulares, cheira-me, estou capaz de apostar, que os próximos tempos serão feitos sob o signo do cinzento.

Há muito por que mudar, a verdade é essa.


Pst... de um dia de desafios


Chega sempre o dia que olhamos para dentro e vemos para lá do óbvio e do imediato. Que chegamos mais à frente, que tiramos as poeiras e as sombras e observamo-nos.
Há sempre o dia que somos sinceros connosco próprios e vamos à procura das perguntas do qual não queremos a resposta ou, até, das respostas para o qual não há pergunta.
Há sempre o dia que nos enfrentamos nas dúvidas e nos medos, que nos desafiamos e que nos temos de nos ler, como se fosse uma estreia, em páginas virgens e inocentes dum livro imaculado.
Chega sempre o momento que olhamos ao espelho e cansamo-nos daquele ar, da expressão e do aspecto.
Há sempre o dia que começa por nós e para nós... E ontem, já foi dia de cortar o cabelo e começar nas mudanças.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Pst... de pessoas de génio

"O valor das coisas
não está no tempo
que elas duram,
mas na intensidade
com que acontecem.

Por isso existem
momento inesquecíveis,
coisas inexplicáveis
e pessoas incomparáveis."

Fernando Pessoa

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Pst... dos pássaros da imaginação

Ter o pássaro na mão e deixá-lo fugir já é mau.
Tê-lo bem agarrado nas mãos e ele desaparecer é um desastre.
Fingir que o pássaro está na mão para dares conta que ele não existe é uma desilusão.

Mal por mal, que o pássaro ganhe asas de todo.


Boa noite

Pst... da pausa no centro citadino

E é em sítios desconhecidos que se encontram pequenas pérolas desta cidade alfacinha.
Aqui não tenho de duvidar das palavras ou consumir-me com gestos. Não tenho de pensar ou querer saber sequer...
Aqui não sou saco de pancada, não sou uma medusa ou um deus. Aqui sou eu...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Pst... da SS dos tempos atuais

8.35 - retirada do ticket na Segurança Social
8.36 - suspiro pela quantidade de gente que já está à tua frente
12.26 - vês chegar o teu número
12.32 - sentas-te
12.41 - estás com problema resolvido

E, pelo meio, não houve choros, gritos, ameaças ou cenas de violência. Nem mesmo uma queda cómica ou uma cara conhecida.
Só eu, o meu livro e uma dose industrial de resignação e paciência.

domingo, 24 de novembro de 2013

Pst... da rodagem da noite

À noite será sempre pior...
À noite todos os sonhos regressam quando fechares os olhos
À noite todos os sonhos regressam para não te deixar fechar os olhos
À noite todo o vazio ganha contornos de solidão

À noite.... a minha vida ganha corpo inspirado num Pesadelo do Freddy Krueger

:)

Pst... das poucas palavras II


Some words are completely out of order


Pst... de hoje (sem atualizações)

Hoje o sorriso está nos olhos e nos dedos que escrevem estas palavras. Hoje acordei sem amarras ou vontade de continuar dentro do edredon de todas as aventuras.
Hoje quero levantar-me, hoje o sol brilha lá fora e vou a correr atrás dele. Hoje não há nuvens, nem cinzentos nem cair ou levantar. Hoje não há nada...
Hoje sou eu, hoje estou de folga e hoje vivo. E amanhã viverei, e no dia seguinte repito a receita e guardá-la-ei como um segredo bem guardado junto dos meus tesouros.
Hoje serei eu...

sábado, 23 de novembro de 2013

Pst... das imagens que chegam sem aviso

Não tem remédio: a dificuldade em adormecer desde há dias vai tornando-se cada vez maior.
A cada momento que fecho os olhos imediatamente sou invadido por sonhos que me fazem abri-los de novo. O receio de os fechar torna-se um cadeado que sela a tua tranquilidade num patamar distante.
Imagens recentes, que me confundem, que me tranquilizam ou que me assustam. Seja qual for, não é de ânimo leve que a acompanho no pensamento.
Mas tenho de o viver. Não estou preparado para essa tranquilidade? Não estou preparado para perder. Com ou sem sossego, mantenho o mesmo ser cá dentro, embalado pelos sonhos de uma mão.
E essa sensação, quando chega, estremece-me e tranquiliza-me. Altura de fechar os olhos e acreditar que o sol, as gaivotas e o cinzento estão noutro lado e que deste sobro tu e eu.

Pst... do ferro quente

"Lembro-me da plataforma onde nem tive coragem de te olhar.
Se tivesse olhado pela janela naquele instante teria saído. Teria ido ao teu encontro, sem querer sequer explicar os motivos. Cheio de sono e pensamentos que não partilhaste, mas apareceste. Se soubesses o que senti quando te vi. No meio de gente e malas e cores e placas, estavas tu! 
Sim, conquistas-me assim."


Lembro-me deste texto, perfeitamente. Quando o li, trouxe-me à memória tanto que tinha guardado, tanto que tinha empurrado para dentro ou simplesmente colocado debaixo do tapete. Fez-me soltar a lágrima, confesso.


Talvez esteja desocupado demais.

Talvez a tarde aqui no pardieiro esteja tranquila e a prometer uma noite intensa. 
Talvez tanta coisa mas não consigo decifrar o porquê de estas palavras estarem gravadas a ferro quente na memória desde as primeiras horas do dia.

Pst... do pardieiro a horas indevidas

Mais um dia no pardieiro. Este, ao contrário de muitos recentes, nem devia aqui estar.
Uma rasteirada do prazenteiro colega de carteira, que de certa forma me faz lembrar os bons velhos tempos de escola aquando dos testes. Se uma baixa inicial de 3 dias se estendeu por mais de um mês em tempos recentes, por que não tirar férias logo a seguir? Afinal, descanso e papas são essenciais para uma vida saudável.

Com duas décadas a mais do que eu, devia sinceramente beber mais da fonte do bom senso e do juízo.
Mas enfim, é o que temos, não há muito a escapar pois os deuses do pardieiro têm confiança quase ilimitada na minha disponibilidade e capacidade. Que é como quem diz, um tapa-buracos de tremenda eficácia, ou uma rede, como já ouvi dizer aqui dentro.
Já quanto à vida saudável, deixemos essa conversa para outro dia...

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Pst... das asas que não existem

A realidade pode nem sempre ser aquela que vês ou esperas. Em dias especiais, todo o contacto com ela é retido como se nada mais houvesse. Portanto, palavras, podes jogá-las longe... mas, cuidado, o ricochete é inevitável


Pst... das pausas do Nabeiro

Da série das pausas, com alto patrocínio do senhor de Campo Maior

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Pst... da folga contínua

Hoje, a esta hora, sob o efeito da noite, não há café, não há lugares e está cheio... Felizmente!!

Pst... de um percurso cíclico

Tenho os dias em sintonia.
Entre o abrir os olhos pela manhã e o deitar noite dentro, sinto-me a guiar a par e passo com as horas que o dia vai passando.
Acordo na esperança de um novo raiar, iluminado pelo sol e pelos sonhos, pelo sorriso da esperança e do carinho, do acreditar num "novo dia". Conforme o dia chega a meio, vou subindo em constantes oscilações. Faz parte! Eis que se aproxima o frio e a noite, e aí acompanho-o pela pouca luz, pelo gelo e vou escurecendo por dentro, irrequieto e impotente. O deitar é o normal: hoje não foi um "novo dia"!

Pst... da pausa que se prolonga

As pausas vão chegando... Prolongam-se também. Mais uma vez, uma mesa, um lugar, vago

Pst... das palavras sem horas

Não deixa de ser irónico descobrires as palavras certas vindas de quem não te conhece de todo...
Mais do que os conselhos de quem te rodeia, foi naquela conversa que pedaços do puzzle começaram a encaixar.
O caminho é longo e duro mas faz-se... Disso quero ter a certeza.
E a jura do mindinho, tão própria de crianças, irá fazer-se... E quem sou eu para contrariar a inocência das crianças?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pst... do Facebook que segue regras que ninguém quer

"Até onde posso, vou deixando o melhor de mim... Se alguém não viu, foi porque não me sentiu com o coração", by Clarice Lispector
ou
"Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos apenas duramos", by Padre António Vieira

Sabes que estás a precisar de algo para fazer quando te distrais com o Facebook e ele paga-te - com gorjeta, aliás - em dizeres românticos/introspetivos/lamechas/sentimentais/tristes/ e de esperanças.

Pst... duma pausa que nunca chega

De quando em vez preciso de uma pausa. Cinco minutos, para respirar, para sair dos dias enervantes que me têm acompanhado.
E sim, é um café, uma mesa e um lugar... O outro está vago!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Pst... de uma serra a branco

Assim se pintam as cores da minha serra. Por aqui, em comum só mesmo o cinzento


Pst.. do menos falado e mais feito

Menos falasse e mais fizesse e hoje o dia não tinha começado em claro.
O sono, de cuja esperança perdi muito rápido que chegasse, faltou e o dia começou sob o signo das olheiras.

Mas ainda houve paz de espírito para isto...


Não houve foi encontro... mas a cor não se perde!!!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pst... dos 180

São 180, mais ou menos, não sei a conta exata. Mas qualquer um deles foi vivido como o último, embora sem nunca o ser. Nunca o foi, não desejo que alguma vez venha a ser.
Qualquer um deles, desde o primeiro, parece ter sido há uma eternidade... Intensos, vividos e amados. Com dor, mágoa também mas nunca foram se não únicos.
Dei, dou e quero dar o meu melhor. E quando o sinto a fazer, sei que consigo um pouco mais além... Foi sempre assim, foi sempre o que me guiou neste caminho que iniciámos. Passo a passo, em corrida ou por diversão, fizemos o nosso percurso, com os olhos em nós e no futuro.
Cobrimos as possibilidades, revelámos segredos, fomos encontrar coragem, fizemos asneiras, tivemos tudo. Temos tudo...
E é por 180* infinito-1 que todos os dias acordo. E é por todos os dias acordar e pensar logo em ti que o dia vale a pena ser vivido.
E é por tanto mais, que ambos já soubemos partilhar, que venham de lá eles....
SMS, ainda hoje vou descobrindo sobre ti mas o que conheço faz-me sentir o mais afortunado. Um prazer, uma honra e um desafio para a vida.

Pst... da vida limite

Dias difíceis têm a sua conta... Enquanto duram parece que nunca param, estão sempre a chegar, a cada amanhecer até cada anoitecer. Ou a Fortuna te dá um golpe ou encaixas diariamente de sorriso no rosto.

Nem sempre é fácil manter o sorriso, custa, há dias que nem olhando para as pequenas coisas conseguimos esboçar uma reação.

Quando os passeios passam a ser uma necessidade, quando a ausência entra no dia a dia, quando a solidão é um castigo, quando as palavras chegam por ondas, quando o abrigo não chega para a chuva.

Hoje não devia ser o dia.

domingo, 17 de novembro de 2013

Pst... da impotência

A sensação de se perder é esmagadora... Quando ela se entranha é terrível para a tirar da pele, para a sacudir para longe. Até pode ir, sim, pode desaparecer mas acaba por te encontrar de novo, encontra sempre maneira de se colar.

A sensação de já ter perdido é incapacitante. Prende os movimentos, aprisiona a expressão e molda o pensamento. Não há como fugir, ficas fechado em ti mesmo, enquanto sentes que nada tens para a afastar.

Pois hoje sinto-as... E todos os sonhos do mundo não chegam para dar um pontapé sequer.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Pst... dos búzios de um dia diferente

Hoje dói.
Sem um motivo realmente valioso, ou válido, mas dói. E não precisei de búzios para ver o que o futuro imediato me estava a trazer.
Todos os momentos contam, costuma-se apregoar na "comunidade do cliché" - aqueles malucos das bengalas da linguagem -, do singular ao extraordinário. E em todos vêm em nosso socorro as memórias, que tentam colocar tudo num eixo de entendimento.
Sim, homem/mulher, todos são inseguros quando não dominam o terreno. E em qualquer sentimento, nunca há controlo. Portanto, "noves fora nada", a insegurança vem sempre de mão dada a uma qualquer emoção.
Conviver com ela? Sim, faz parte, é dever e direito de cada um. Agora sem eixo de entendimento, ou gratuita, lamento, o Natal ainda não chegou.

Pst... da (des)ilusão

. Engano dos sentidos ou do espírito que faz tomar a aparência pela realidade.

Hum?? Espera, não, este é o significado de ilusão, não do seu contrário. Ou como diria Albert Einstein,

. A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.

(e sim, este foi um post remendado, de um dicionário português do Brasil, que tem de servir)

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pst... da folga carregada de sol

Segundo dia, quem diria?
Quem diria quando perdi este hábito.
Quem diria que não olho para o relógio e faço contas ao quanto atrasado estou.
Quem diria que a redação não me espera hoje.
Quem diria que o sol me recebeu.
Quem diria...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Pst... from Russia

"Above all, don't lie to yourself. The man who lies to himself and listens to his own lies comes to a point that he cannot distinguish the truth within him, or around him, and so loses all respect for himself and for others. And having no respect he ceases to love"

Dostoyevsky, "Brothers Karamazov"

domingo, 10 de novembro de 2013

Pst... do há muito

Não tenho dupla face, deixei de a ter há muito. E peço desculpa se foram vezes a mais! Se prejudicou, se magoou, se marcou, se desiludiu... Outros tempos, outras vidas, outras lembranças - do qual nada quero ter a ver a não ser um sinal amarelo - que contribuem em parte para o que sou mas que nada trouxeram a quem quero ser. E curiosamente esse já chegou...

Pst... doutro roubo descarado, começa a ser hábito

É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é contar sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.

Fernando Pessoa

Pst... da password das palavras

Todas as palavras têm o seu mérito. Aliás, não venho para aqui fazer outra coisa que não as escolher, selecionar, fazê-las funcionar numa geometria muito minha, que quem lê pode tentar entender, pode tentar decifrar mas na realidade, saberei sempre o que quis dizer, quando quis dizer, daquela forma que apareceu escrita, sempre.
Mesmo aquelas que não fazem sentido aparente, talvez só para quem as pensou e melhor as escreveu.
No fundo, elas transmitem uma sensação de segurança, fechadas numa password só nossa e que é impossível de partilhar.
Quanto muito podemos dar pistas mas essa chave, que liga todas as palavras num fio de pensamento e de rumo, nunca a conseguimos partilhar.

Pst... da geometria do sol

E, sim, é uma ciência exata.
Todos os dias o sol nasce do mesmo ponto e volta a deitar-se exatamente no mesmo local. É científico, é natural, é assim sempre, não há como fugir. De este para oeste, com o momento da passagem do astro pelo meridiano local como expoente máximo, ou seja, como o meio dia. Não é difícil...
Quer isto dizer que sempre que se quiser ver o sol, é possível encontrá-lo. E não demora muito tempo a descobrir onde ele anda, não é preciso pedir a todos os deuses as indicações. Basta olhar, seguir a sombra e olhar para trás se ela estiver para a frente. Simples.
Não ver o sol, todos os dias, só se justifica se não quiseres ver. Se a cabeça continuar baixa, se os olhos estiverem carregados de lembranças e remoinhos, se um vislumbre de luz faz virar o rosto, isso é com cada qual.
Agora não peças o sol, olha-o. Não ouças indicações, segue a tua intuição. Não te queixes que não existe, pois - e adoro clichés - o sol quando nasce é para todos.

E é mesmo para todos, sem exceção: basta tirarem aquele minuto, mesmo envoltos no nevoeiro, para olhar para cima e sentir o sol beijar-te no rosto e aquecer a face. E se isso não te trouxer um sorriso, lamento, profundamente...

sábado, 9 de novembro de 2013

Pst... dos dizeres alheios

"Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no facto de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões"

Bertrand Russell

domingo, 3 de novembro de 2013

Pst... dos sacrifícios


Sim, são vários e todos ao mesmo tempo.
Já dizem, há muito, que o que chega para perturbar ou te deixa abaixo ou te faz crescer.
No meio de tantos, torna-se difícil por vezes não ir abaixo... mas é na mão, no rosto e no toque que encontro muita da força para crescer.

E não, isto não um dos post manhosos do Facebook, cheios de chichés e frases feitas, repetidas à gerações.

É simplesmente um lembrete, de mim para mim, de nunca mais deixar chegar a este ponto.

Tu, um dia, irás agradecer, quem te rodeia também o fará...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Pst... de uma Lisboa antiga

Só não sei há quantos anos foi...


Pst.. duma folga movida a vinho


Houve, finalmente, folga. Um dia de descanso, o 4.º em 61 dias nesta redação.
Agruras à parte, mesmo mesmo à parte, folga é folga e merece ser celebrada como tal. Mesmo que tudo venha a ser virado pelo avesso.

A expectativa pelo dia era enorme. Sentia-se e tinha-se partilhado, havia muito no ar numa 2.ª feira regada a sol e bom tempo. Mas à sombra espreitava o destino. Na mão os limões, pela frente não se vislumbrava qualquer espremedor. Ou bem dito, havia ovos mas fazer a omeleta era impossível.

Foi no vinho, nos cálices e nos copos das tascas que encontrámos as omeletas que nos esperavam, que vimos os ovos e os limões, que vimos o destino e bebemos à sua saúde. E bebemos à sua saúde, novamente. E voltámos a repetir o gesto.

Mas o destino não gosta de ser brindado, aparentemente. Mal se podia esperar que fosse num cativo que a derradeira rasteira estava reservada. Aí, puxámos os lençóis para cima e fechámos os olhos. O destino? Bom, cá estaremos para quando decidir visitar novamente.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Pst... roubado descaradamente

Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato.

Lewis Carroll - "Alice no país das maravilhas"

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Pst... da amnésia diária

Prefiro a falácia do dia a dia do que a do todos os dias.
Sendo parecidas, têm um mundo de descanso entre elas. E esse descanso, nesta e em qualquer fase, vale ouro.
A cada acordar, a cada abrir de olhos, a cada pé fora da cama, a cada pequeno-almoço, a cada banho, a cada almoço, a cada tarde, a cada café, a cada jantar, a cada copo... o descanso de uma falácia.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Pst... do poema roubado e na simplicidade de um mundo

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então será eterno.

Cecília Meireles

sábado, 19 de outubro de 2013

Pst... dos perdidos numa zona qualquer da cidade

O andar, trôpego, denuncia a festança que tinha terminado há pouco. Não ia sozinho, não, a seu lado repetia-se o mesmo andar. Ambos coordenados, quase ao estilo militar, seguiam o caminho que as horas permitiam. Não seria muito, o desconhecido aguardava, molengão, no transporte público reservado para chegar a casa.

O curto percurso não feito sem interrupções, claro, nem eles estavam para isso. Quantas e quantas houvesse, a vontade de sair, ainda assim, não era igual em ambos. Um mais apressado, outro nem tanto mas o passo manteve-se cúmplice, guiado por uma batuta que sempre os acompanha.



O caminho está visível. E o passo cúmplice mantém-se guiado pela batuta que por lá estará sempre...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Pst... das mãos dos sonhos

A quente pouco ou mal se escreve. Está tudo à flor da pele, as ideias saem atropeladas, a reclamar o seu mérito inconsciente.
Uma vomitar de pensamentos que a escrita não consegue acompanhar, que não queres também deixar crescer, de polos tão distantes que não há habituação pelo meio. É impossível passar do Ártico aos trópicos sem meio termo. Mas quando está tudo à flor da pele, quando os olhos raiados de cansaço entram em choque com a adrenalina da expectativa, quando o dia surge solarengo mas tens o guarda-chuva

Quando procuras em ti os estilhaços de tudo que se desmoronou...

E quando encontras aquela luz, aquela paz...

Ou quando te desvias a pensar em ti e no que podias ter de diferente...

Encontras ainda um resto de força, um acreditar e um sentimento inconsciente de que podes fechar o chapéu e deixar o sol bater no rosto, podes fazer a mala para o frio e para o calor. As mãos dos sonhos não se fecham...

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Pst... para um dia lembrar


As pequenas coisas que nos cruzamos diariamente mas que de tão idiotas/insípidas/tontas/sem sentido/vulgares acabamos por não fixar mas que vale uma boa gargalhada. (este post estará sempre sempre em atualização...)

http://bimbawithouthelola.blogspot.pt/
http://mesa-para-3.blogspot.pt/

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Pst... do labirinto

Labirinto:

. construção de muitas passagens ou divisões, dispostas tão confusamente que com dificuldade se acha a saída.
. parque ou jardim cortado por caminhos tão entrelaçados que facilmente se perde a pessoa que nele penetrou.
. qualquer complicação que perturba o espírito: o labirinto do processo.

e esta é da minha autoria, ou toque pessoal,
. namoros ou relações.



Mas, em abono da verdade, não há razão para sentir receio. Neste labirinto muito específico, temos todos os sinais para sermos bem sucedidos.

sábado, 12 de outubro de 2013

Pst... de ângulos iguais

Não é todos os dias que espero eu sozinho no bar. Hoje calhou, tocou-me a fava...
Tinha curiosidade, confesso... o ambiente não é o que estou habituado, vou ter uns momentos numa outra pele. E, na realidade, não é assim tão fantástico quanto isso!!
No fundo, no fundo, o pensamento está sempre noutro lado, seja qual o sítio onde me queira sentar ou a bebida que venha a pedir.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Pst... do bloco noticioso

Noite amarga, mais uma queda da Seleção Nacional, frente a Israel (1-1).
Face ao que jogamos, a pergunta não deveria ser "chegamos ao Mundial?" mas antes "o que vamos lá fazer?". Ronaldo bem tenta, aliás, mas é uma ilha de talento num mar de vulgaridade.

Mas nem só da redonda se faz a noite. Consta que aqui no pardieiro pode estar em marcha um varrimento de pessoas a níveis bíblicos. Entre a espada e a parede, a sensação do passo em frente rumo ao abismo, por quem tem responsabilidades, é tremenda e também como única. A vara vai vergar as costas de quem nada teve a ver com o assunto.

Ainda dentro do segmento, aqui na chafarica, a mudança das cadeiras continua sem luz ao fundo do túnel. Nada espantoso, dado o ritmo alucinante de certas decisões em contraponto com a lentidão de outras. Uma história já antes vista, portanto. E aqui, não havendo vara no sentido próprio, há uma expectativa que nunca se cumpre.

E termino por aqui o bloco noticioso.
Abraço e boa noite.

Pst... das poucas palavras



Hoje não tenho muitas palavras... ou sequer tanta vontade para isso, confesso! Esta imagem é fiel do que me guiou nos últimos dias, uma promessa e um compromisso. E basta, que me diz mais do que tantas palavras que aqui pudesse escrever.

sábado, 5 de outubro de 2013

Pst... do basta!

Basta!
Olho em volta e vejo tristeza. Olho para as pessoas e no olhar há muito que se esgotou o brilho. Olho para o tempo e sou cumprimentado pela chuva e pelo vento. Olho para os textos e sinto a ponta da melancolia nas palavras.
Basta!
Não me sento mais a escrever em palavras amargas, não me sento a tentar colocar em ordem sentimentos transversais a tudo quanto interessa. Chega, sento-me para me sentir feliz, sento-me para colocar na posição correta todas as palavras importantes sobre o que é realmente importante.
Basta!
A vida tem as suas tristezas, quem não as tem? A forma como lidamos com elas diz muito sobre nós e tenho andado demasiado atento ao que não presta em vez de me permitir deixar o sol tocar-me no rosto.
Basta!
Tenho tanto por onde agradecer, tenho tanto que me serve de exemplo, tenho tanto que aprender... tenho os sorrisos guardados de quê? Do momento ideal? Da altura certa? E se sorrir, pura e simplesmente, não é certo ou ideal? É, sempre foi...
Basta!
Tenho guardados todos os sentimentos em mim, tenho guardados todos os sonhos e sou cada vez mais a pessoa que quero ser. Se isso não é motivo para sorrir, o que é?
Basta!

(a música do dia de hoje, gentilmente cedida por quem até agora mostrou o gosto mais afinado de sempre)

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Pst... da escravidão

Desde 26 de agosto até hoje, dia 3 de outubro, trabalhei todos os dias exceto em dois.
Dia 3 de outubro, hoje, até dia 17 do corrente, posso prever, com alguma certeza, que não terei qualquer folga para gozar. Tudo somado nem sei quantos dias seguidos estarei a trabalhar.
E se fosse tudo um mar de rosas, ainda vá que não vá...
Mas nem isso...
Posso apostar dias difíceis pela frente! E essa é uma aposta quase segura...

Pst... do balançar sem nexo todos os dias

As longas esperas no bar são uma constante. Assim o determina o dia-a-dia, infelizmente.
Saio tarde e esperas-me... religiosamente, em sossego.
(Sossego? Qual sossego?, pensa a cabeça que espera).
Mas estás, todos os dias que pudermos, nas tuas escritas, nas tuas leituras, numa cenário que eu "criei" por causa da vida que eu tenho.
(Sossego? Qual sossego?, pensa a cabeça que aguarda).
E é esse compromisso que temos carregado os nossos dias. Entre a inquietação de um mundo onde nunca poderei estar - porque só existe porque não estou - e a esperança de um sorriso e de um abraço que faça frisar o dia, as horas, os minutos. Esse suave balançar entre ideias e esperanças, compromissos e expectativas, inseguranças e sorriso que lidamos, desde há muito, todos os dias, num acordo que tem falhas, sim! mas muito valor em si mesmo.
(Inquietação? Que inquietação?, pensa a cabeça cansada).
Venham os sorrisos, venha o abraço, venham os olhares, chegue a cabeça no colo ou no ombro...
Vem...

Pst... da poeira

Não tem havido muita vontade de me sentar a escrever, confesso.
Ou melhor, tem havido mas o destinatário é outro e são palavras que não coloco à disposição de uns olhos quaisquer.

Mas hoje apetece, hoje tenho tempo e de vez em quando levantar a cabeça da poeira cria toda uma nova perspetiva. Pois, a poeira...

Cada passo levanta-a... cada respirar faz-nos sentir entrá-la no organismo e deixar zonzo. Cada vez que olhas sente-la entrar e turvar a visão. Pois, a poeira...

Preciso de ar puro...

sábado, 28 de setembro de 2013

Pst... das perguntas que não servem de nada

Neste dia em que o sol cruza a chuva a uma velocidade estonteante, que num minuto abre-se o chapéu de chuva, no outro quer-se ficar de t-shirt, faz-me pensar que também os meus dias seguem esse padrão.
Da euforia à tristeza vai um fósforo... e esse mesmo fósforo cede entre a confiança e a dúvida.
Há para além da montanha-russa? Onde estão os travões disto? Não, não quero sair... Quero comandar o meu destino, quero que comandemos o minuto seguinte.
Foi assim que tudo começou... 5 minutos adiantada. Foi na sensação que o tempo podia bater em uníssono, sincronizado, que me fez crer que tinha outra vida. E tive, tivemos e agora... temos?
Levanto perguntas como quem está de fora a assistir, como se não visse da primeira fila. Sempre perguntas, perguntas e mais perguntas?
Agarro-me às certezas que tenho, que são muitas. Demasiadas, tantas, intensas... estão firmemente agarradas em mim, consigo fechar os olhos e senti-las todas à flor da pele...
Só isso me impede de procurar mais perguntas...

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Pst... da perfeição

Não há dias perfeitos...
Mesmo quando o amanhecer é recompensador, durante a tarde vira a maré. Se for uma tarde de excelência, a noite encarrega-se do efeito contrário. Então se for a noite de sonho, o nascer do sol baralha e volta a dar.
Não sou uma pessoa pessimista, nunca fui. Tenho sempre o olho de cor viva, sempre atento às boas subtilezas do dia-a-dia. Gosto de respirar o bom ar, gosto de sentir o vento no rosto e gosto das cores das horas do dia.
Gosto realmente...
Tanto quanto gosto de sentir a perfeição. As duas coisas batem juntas? O otimismo e a perfeição?
Claro que batem, de certeza...

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pst... da ervilha

Uma ervilha no colchão pode incomodar? Pode, sim, mas talvez por ser o que é uma pessoa tende a habituar-se, a torná-la natural e acomoda-se a esse efeito. Afinal, é uma ervilha num universo muito maior... Pequena e insignificante!! No meio de tanta coisa, será a porcaria de uma ervilha a incomodar? Foda-se, somos mais do que isso, há mais do que isso...
Pois...
Só se nota a sua influência quando te decides procurar a malfadada... Quando dizes basta, chega ou quando percebes que realmente não consegues lidar mais com ela! E aí, prepara-te... Porque há muito que deixou de ser aquela infeliz ervilha e tornou-se tudo quanto a foste alimentando...

sábado, 21 de setembro de 2013

Pst... qualquer coisa, mas Pst tem de ser

Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais. Somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos. Somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos "sem querer".

 Freud

Pst... do descalço

Andar descalço não tem piada alguma.
Sujeito às condições naturais, às intempéries e aos humores das pessoas, não dá mesmo. Venha o sol, venha a chuva, o vento, o calor, a humidade, o frio... Venham as pessoas, venham os lugares ou os recantos... Venham, estou descalço....
É uma sensação de impotência que ninguém merece e que só se dá conta que é importante quando estamos envolvidos neste feixe de varas.
Venha a imaginação, venha a vontade, a ousadia, o desejo ou a necessidade... Venham as ideias e os momentos! Venham... Estou descalço...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Pst... das "bexigas"

Não é fácil lidar com as "bexigas" do dia-a-dia.
("bexigas", claro está, não são mais do que bagagens que toda a gente tem, que resultam do trabalho, amigos, família que nos rodeiam. Por outros modos, todos os problemas diários.)
Somos sacos de emoções, de ânimos, expectativas ou de humores. Estamos expostos a tudo, queiramos quer não. A forma como lidamos com as "bexigas" define muito de quem somos. A forma como tentamos antecipar toda e qualquer "bexiga" antes de esta o ser realmente também mostra muito de nós.
Deixá-las engordar sem as vazar potencia que comece a verter em todas as direções. E aí nada a fazer, todas as direções são opção...

Moral (e isto não necessita de um médico para o dizer...): tenho de fazer xixi muito, mas muito mais vezes.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pst... do longo prazo

Tudo tem conta, peso e medida... Em todo o lado, de todas as formas e em qualquer situação.
Há momentos que o excesso de informação também condiciona e um não disfarçado entusiasmo causa alguma estranheza. Mas há sempre que pensar longe da primeira impressão, por norma a mais afastada da verdade, a não ser que conheças muito bem onde estás.
Mas que é difícil libertares-te dessa sensação inicial, é, tem que se lhe diga. Haja força de vontade e resistência ao imediato... a longo prazo, habituas-te e acabas por controlar e sossegar os impulsos.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Pst... da balança que devia apanhar

Quando vai no sentido descendente, resmunga, faz greve e responde mal, para além do devagar devagarinho!! A preguiça é o nome do meio e nem vale reclamar...
Agora no sentido ascendente, que festa! Sentem-se os foguetes e a canas no ar, responde atrevida e sem delicadeza. Uma menage indecente de satisfação...
Mais não merece do que um "ide morrer longe"

domingo, 15 de setembro de 2013

Pst... do calendário madrasto

Já passaram os dias dum calendário exigente. Chegaram ao fim... Entre os 21 seguidos e os 4 distantes, venha o Diabo que os carregue para bem longe. Então quando coincidem, nada se torna fácil...

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Pst... dos dias ausentes

Sou quem sou atualmente por tantas e tantas razões ou escolhas... Foi uma meta e um sonho, que vivo com sorriso no rosto e coração aberto.
Fiz do dia a dia uma luta comigo próprio, um propósito marcado de nunca sossegar, nunca baixar a guarda e deitar-me na convicção que o dia foi com saúde e proveitoso.
Pois, agora vêm quatro dias diferentes... Dias ausentes, perdidos no centro da Europa e nas Ilhas. A convicção mantém-se... Vou deitar-me como todos os dias que antecederam estes! Na certeza que sou um pouco mais pela manhã e mais ainda pela noite.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Pst... duma certa inveja

Aqui neste bar, está uma mesa na esplanada ocupada por sete pessoas. Três casais, parece, e um extra... Na casa dos trinta, a comemorar qualquer coisa imperceptível. O gin parece um espetáculo de magia: desaparece sem deixar rasto! Mas chega sempre mais...
Um dos casais parece ter-se juntado recentemente. "Quero um jantar sentado para a semana", ouve-se... "Para a semana", surge célere a resposta. "Este fim de semana vamos ao Ikea", remata-se.
E aqui nesta mesa, onde está uma cerveja pousada, que vai desaparecendo vagarosamente, assim com o maço de tabaco, pensa-se "eh ehhhhh... mas eu também quero".
E começa um mundo de sonhos que só a cerveja acompanha...

Pst... da loucura dividida

Saído do hospício, o louco, igual aos outros que ainda estão ou já saíram, tenta recuperar um sentido de vida que a vida não lhe permite dar. O louco, igual aos outros, sente-se por fim livre... Todos os dias a romaria é igual: tentar recuperar o passo com a humanidade. Tentar não se lembrar de quem jantou sentado com a família ou com amigos, de quem conseguiu um cinema, teatro ou um concerto ao ar livre... Até mesmo de quem conseguiu ainda ir a um bar a tempo de não o sentir fechar.
O louco, igual a tantos no hospício, quer uma vida quando ela está ali a ser vivida fora das quatro paredes. Sofre o louco e os não loucos que o rodeiam duma lista de oportunidades não vividas.
Vá que haja dois loucos juntos... É sabido, a loucura dividida continua a ser loucura mas já não sabe tanto... a loucura.

sábado, 7 de setembro de 2013

Pst... das lições valiosas - tomo I

Lição n.° 1: nunca, em que circunstância for, ocupes o tempo a consultar o facebook da tua namorada para além do momento em que, justamente, escolheu estar contigo (nem mesmo quando o reboque demora mais do que o previsto).
Lembra-te: um quilo de penas pesa tanto quanto um quilo de ferro...

Pst... de La Palice versão mini

Tentar mudar uma maré ou travar o vento tem que se lhe diga. Ou melhor, é impossível fazê-lo... Assunto resolvido, em poucas palavras! Nada a fazer, portanto.
Segue o mesmo raciocínio para pequenos momentos do dia-a-dia. Mais ainda quando este é vivido numa intensidade como não há memória. Afinal, qual é a probabilidade de alguém, seja quem for, ter uma medalha na mão e reparar que ela não tem reverso? Exato...
Serve isto para frisar que há coisas que são o que são porque têm de ser. Há dúvidas no meio das certezas como há dor no prazer, ou receios no meio da segurança.
Ignorar esse facto é como tentar mudar uma maré ou travar o vento.
Mas saber lidar com ele basta para acalmar marés e sossegar ventos. E isso faz-nos sorrir desde há muito...

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Pst... do tempo não corre II

Falta pouco tempo, segundo se conversa na relação. Há 3 meses (?) nesta aventura, está em marcha e avisto já no horizonte o momento em que vou trocar de vida.
Depois? Bom, novos objetivos se irão levantar, o crescimento está destinado e já não é possível travar. O céu é mesmo o limite.
Mas, até lá, deixa-me continuar a ser a criança com a prenda nas mãos!!!

(incrível a semelhança com o texto anterior... mas há coisas que não mudam ou que não podem ser mudadas. Para mudanças, basta esperar uns tempos ou então fechar os olhos e imaginar tudo o que está ao virar da esquina)

Pst... do tempo que não corre

Faltam poucos dias, segundo se sussurra na redação. Há 8 anos (?) naquela casa, está em marcha e avisto já no horizonte o momento que vou deixar de ler os outros e tornar-me exclusivamente o que escreve para os outros.
Depois? Bom, novos objetivos se irão levantar, o crescimento está destinado e já não é possível travar. O céu é um limite como tantos outros...
Mas até lá, até esse momento, deixa-me voltar a ser criança com a prenda na mão!!!

domingo, 1 de setembro de 2013

Pst... dos antigos

Já o devem ter dito os nossos avós e bisavós, até trisavós e outros tantos antes deles: não há bem que dure sempre como não há mal que venha só.
Nos tempos mais recentes, não tenho certeza se será exatamente o texto como um dia foi...

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Pst... da graça sem medo

Vejo-te chegar com um tom lívido e com ar preocupado mas é com graça que te vejo sair de olhar descansado.
Sinto o teu aperto decidido e dominante de início tornar-se um gesto seguro e quase carinhoso como num passo de mágica.
Ouço os teus gestos e suspiros, observo a aflição, partilho o sorriso e cumprimento o alívio... Protego os sons... e no fundo sei que nunca deixarás de voltar.
...
Quem sou eu?

Ora, a porta da casa de banho, claro.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Pst... dum verão negro

Este verão tem sido particularmente duro para com os bombeiros deste país.
Catástrofe após catástrofe, todos os anos as chamas invadem os noticiários e as parangonas dos jornais. É inevitável, parece, faz parte do folclore do calor. São as férias, são os emigrantes e são os incêndios.





E não há homenagem suficiente que consiga minorar o esforço dos bombeiros e o terror da população quando descobre no horizonte as manchas escuras. Mas que há muito que se podia fazer, isso há...

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Pst... feito sem nexo

Quando não se cuida
Quando se olha para o lado e assobia-se
Quando a vida é feita de uma palete de cores tão intensa que não vês o cinzento
Ou quando o sol nasce todos os dias mas não reparas que estamos a meio da tarde...
Quando, quando ou quando...
Na mão um saco de tudos que são nadas, ou de nadas que são tudos, polvilhados pelas sombras e pelo calor e o vento sopra calmo...
Devaneios de um dia de trabalho após férias...

sábado, 24 de agosto de 2013

Pst... do aniversário

Hoje faço anos... 34, a contar desde 1979.
E, se por norma, nem ligo muito ao dia, este é diferente. Soa, sente-se e cheira diferente... Não é só um dia deste ano...
Este ano estás cá, vieste e partilhas comigo estas horas. Uma prenda que recebi há 3 meses e que todos os dias desembrulho com uma excitação de criança... Desta feita, as pessoas mais próximas que tenho puderam ver a forma como me fazes sentir, a forma como és e puderam descansar: estou bem entregue.
Assim posso fazer anos todos os dias...

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Pst... das casinhas

Não são muitas as vezes que me falham as palavras. Certo, podem nem sempre chegar na ordem certa ou ficarem algo confusas. Basta ler o que tenho escrito aqui desde o início do ano.
Mil momentos, mil emoções e mil pensamentos que tentei expor para melhor os compreender ou para dar a conhecer. Bem ou mal, eles foram saindo conforme podiam...
Hoje, no entanto, não consigo encontrar a palavra, não consigo entender sequer como começar. O pires de tremoços e a imperial como companhia e juro por Deus, não consigo dar o pontapé de saída.
Mas talvez nem precise: ontem, e hoje, não consigo definir tudo que senti ou experimentei... Mas sei o seguinte: cheguei onde quero e vi onde quero chegar.
Haja desordem nas palavras, sim, mas nestes dias não há qualquer desordem no que vi.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pst... da serra III (a metade)

Hoje é dia de te deixar. Não leves a mal, não te abandono ou esqueço, simplesmente há um sítio onde tenho de estar. Sabes que é importante ou não te deixaria. Trataste-me tão bem mas preciso de sair...
Sabes, já vimos desde há muito e sei que estarás magnífica e crua quando regressar. Sei que o pôr do sol contigo será o mesmo, sei que estarás de braços abertos quando estiver de volta.
Percebes, eu sei que sim... Tratas bem dos teus filhos, tens carinho por eles e cuidas da sua felicidade. Pois, vou buscar a minha e já te a trago, sim?
Não te preocupes, eu porto-me bem...

sábado, 17 de agosto de 2013

Pst... da serra II

Não há escolha, não a tens... Ou  gostas da serra por tudo que ela te apresenta ou não gostas.
Podes apreciar a paisagem mas queixares-te dos insectos, tal como pode apetecer-te um mergulho na barragem e notares que não tem areia. Olhar para o céu estrelado e sentires a noite fresca ou pegares nas pernas para passear e parecer que nunca mais chegas. Aqui não há luxo ou grandes comodidades, para já... O calor deste granito e destes penedos é outro!!
Aqui não há meio termo... Ela não te deixa nem quer. Ou a vives pelo que é ou a serra agradece com carinho a visita.
A poesia deste lugar é mesmo essa: aqui, como em tudo que é importante e que te deixa feliz, vive-se ou é para ser vivido sem hesitação ou reserva. Sem qualquer mas...

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Pst... da serra I

De noite, um céu estrelado como não há outro guia o teu caminho e abençoa a tua chegada.
Com o sol, uma paisagem deslumbrante abre os braços e sorri à tua passagem.
Seja em que momento for, as boas-vindas deste sítio mágico estão sempre dadas, numa mensagem de paz e calma.

Pst... da viagem para norte

E eis que sigo rumo a norte... Aqui sentado no carro, numa autoestrada pejada de gente, sinto-me o único em todo o asfalto que vai sem expectativa de chegar a algum lado ou sem grande pressa... Fosse qual fosse o destino, seja quantos dias estiverem no plano, a viagem tenderá a correr bem, certamente que hei-de viver momentos muito bons mas a impressão que estará sempre incompleto persegue...
Porque, afinal, se num corpo perfeito os joelhos esfolados e negros trazem ainda mais beleza, também numa serra que é mágica faz sempre falta quem te traz mais brilho a ti...

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Pst... dos dias especiais

São, sem dúvida, dias especiais os que atravesso recentemente.
Estar a gozar férias - e por isso ter menos tempo para aqui andar - nem por isso os tornam menos intensos. Descansados?!? Sim, bastante mais... mas relaxados? Nem tanto assim.
Chega a ser desconcertante o ritmo dos mesmos... ou melhor, as emoções que vamos experimentando ao longo de 24 horas que parecem mais. Tudo sob o efeito de momentos que fazem praticamente o tempo parar. Consigo-me lembrar de uns tantos. As viagens, as festas, o sol e o calor, o amor e o sexo, as celebrações e aniversários, as águas frescas e quentes, as prendas (ou melhor, as vrendas) e pulseiras ou as conversas e sonhos. Um estalo, ou vários, de sensações que têm estendido estes dias para além de uma realidade que nunca esperei um dia conhecer.
E como boa realidade desconhecida... ora, arregace-se as mangas e toca a aproveitar.